04/Oct/2023

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao citar encontro dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Senado, Rodrigo Pacheco e da Câmara, Arthur Lira, com os 21 maiores investidores do mundo em Nova York (EUA) recentemente, afirmou que só pode destacar o interesse ávido destes empresários detentores de muitos recursos em investirem no Brasil. Estavam ali, o fundo soberano da Arábia Saudita, os principais fundos dos Emirados Árabes e os maiores fundos dos Estados Unidos e da Europa. Eram trilhões de dólares sentados à mesa.

E observou-se o interesse ávido destes empresários, detentores e gestores de muitos recursos de investirem no Brasil. Estes grandes investidores veem no Brasil uma plataforma para a realocação das cadeias globais de valor. Com a pandemia, com a guerra da Ucrânia, de fato, o mundo inteiro está revendo onde produzir. É óbvio que a Ásia continuará tendo o papel preponderante em muitas cadeias de produção de produtos industriais, mas grande parte dos novos investimentos será feita em outras regiões do mundo até porque hoje existe uma guerra comercial declarada entre Estados Unidos e a Europa contra a China.

Se é verdade que o México e Índia têm sido até aqui os beneficiários de grande parte dos investimentos de realocação dessas cadeias globais de valor ou pelo menos no crescimento sendo feito fora da Ásia, também é verdade que o Brasil oferece condições excepcionais para pelo dois dos piores desafios que se apresentam para a humanidade no momento: crise climática e insegurança alimentar. Os investidores olham para o Brasil porque é o país que tem muito mais condições que México e Índia de dar respostas aos problemas climáticos pela sua capacidade de produzi energias renováveis e alavancar uma economia verde, descarbonizada e que contribui para resolver o problema climático.

No caso da insegurança alimentar, o Brasil também tem grandes condições e oportunidades para fazer frente a esse problema já que tem um agronegócio que tem crescido muito graças ao ganho de produtividade. Produtividade essa, propiciada pela indústria da transformação, que fornece equipamentos e bens cada vez mais sofisticados e com mais conteúdos de inovação ao agronegócio que ainda por cima dispõe de empresários competentes, de terra fértil, de sol abundante e de água. Quando se exporta soja, o País está especialmente exportando água. Há necessidade de se exportar soja, mas é preciso também cada vez mais agregar valor às commodities brasileiras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.