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02/Oct/2023

Dólar encerra setembro acumulando alta ante Real

O dólar encerrou a última sessão de setembro (29/09) em leve queda ante o Real, numa sessão marcada pela disputa de investidores pela formação da Ptax de fim de mês e pela pressão de baixa sobre a moeda norte-americana ante as demais divisas, após novos dados de inflação nos Estados Unidos reduzirem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda subirá os juros. O dólar fechou a R$ 5,02, em baixa de 0,25%. Apesar do recuo, a divisa dos Estados Unidos acumulou alta de 1,51% durante o mês de setembro.

A disputa pela formação da Ptax de fim de mês e de trimestre intensificou a volatilidade no mercado de câmbio. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Apesar da briga pela Ptax, a moeda norte-americana se mantinha em território negativo, na esteira do exterior, onde o dólar perdeu força em função dos dados de inflação dos Estados Unidos.

O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que o núcleo do índice de preços PCE (que exclui alimentos e energia) aumentou 0,1%, depois de alta de 0,2% no mês anterior. Na base anual, o núcleo do índice subiu 3,9% em agosto, após um aumento de 4,3% em julho. O dado de núcleo, bastante observado pelo Fed, foi bem recebido pelo mercado. A avaliação foi de que, com o indicador mais favorável, diminuíram as chances de o Fed elevar mais os juros para conter a inflação. Neste cenário, o dólar atingiu a cotação mínima de R$ 4,98 (-1,03%), mas acabou se sustentando por pouco tempo abaixo dos R$ 5,00.

A marca de R$ 5,00, que durante semanas foi uma barreira técnica para o dólar, impedindo a moeda de subir mais, agora passou a ser um piso técnico. Na prática, quando o dólar se aproxima dos R$ 5,00, ordens de compra são disparadas e as cotações voltam a subir. Com a Ptax definida (R$ 5,00), o dólar ficou mais livre para oscilar e se reaproximou da estabilidade em alguns momentos. Na máxima, a moeda à vista foi cotada em R$ 5,03 (-0,08%).

Apesar de recuperar parte do fôlego, o dólar ainda fechou em baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda ante outras divisas de emergentes ou exportadores de commodities, como o peso chileno e o peso mexicano. O dólar estava perto da estabilidade ante as moedas fortes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,02%, a 106,180. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de dezembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.