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29/Sep/2023

BID: empréstimo com desconto para agenda verde

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está debruçado em um projeto piloto e que visa a recompensar países comprometidos com as agendas climática e ambiental com incentivos financeiros. Batizada de 'BID Clima', a ferramenta prevê um desconto de 5% do montante principal do empréstimo e que será concedido na forma de subsídio às ações que cumprirem metas sustentáveis. Nessa fase piloto, o BID prevê desembolsar até US$ 1 bilhão em empréstimos para um total de dez projetos. Os recursos virão do capital ordinário do banco, que soma US$ 105 bilhões.

A seleção dos projetos vai levar em conta a diversidade geográfica, os desafios ambientais e o momento que o país está em termos de transição verde. Segundo o BID, a elegibilidade depende de inclusão de financiamento para fortalecer a capacidade dos sistemas nacionais de monitoramento, reporte e verificação ambiental (o chamado MRV) e do cumprimento dos objetivos traçados. Só assim, o desconto será concedido. O BID é o primeiro banco multilateral de desenvolvimento a oferecer uma ferramenta com essas características.

Ao alinhar incentivos financeiros com a ação climática e pela natureza, essa ferramenta maximiza o impacto do nosso trabalho pelo desenvolvimento, também ao recompensar esforços que ajudarão os países a mobilizar capital. A nova ação do BID vai ao encontro exatamente da necessidade de recursos para deslanchar a agenda verde e climática ao redor do globo. Pesquisas do próprio banco reconhecem que é preciso elevar o nível de financiamento público e multilateral para os países alcançarem suas metas climáticas.

Além disso, no Acordo de Paris, compromisso mundial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e que são responsáveis pelas mudanças climáticas, os países se comprometeram a trabalharem em prol de melhorar os seus sistemas MRV. A agenda verde e de transição climática tem sido um dos eixos da gestão de Ilan Goldfajn, primeiro brasileiro a comandar o BID.

Na semana passada, o banco assinou uma carta de intenções com o Banco do Brasil para a criação de uma parceria que prevê US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,250 bilhão) em financiamento para impulsionar a bioeconomia da Amazônia no Brasil. O potencial, contudo, é de que esta linha alcance US$ 1 bilhão (ou em torno de R$ 5 bilhões). Também nesta frente o foco é monitorar a contribuição dos projetos financiados em prol da preservação ambiental e da transição energética. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.