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22/Sep/2023

Desenrola pode aquecer vendas no varejo no Natal

O governo inicia, na semana que vem, a segunda fase do programa Desenrola, de renegociação de dívidas, e prevê um impacto positivo na economia no fim do ano, com a volta de consumidores negativados ao mercado. Na segunda-feira (25/09), o governo começa os leilões de credores interessados em oferecer condições mais vantajosas de renegociação aos devedores. São 709 empresas, de nove setores (incluindo bancos, redes de varejo e empresas de água e luz), que vão disputar R$ 8 bilhões em garantias do Tesouro Nacional. Quem der os maiores descontos vence o leilão. Nesta etapa do programa, serão atendidos os consumidores negativados com renda de até dois salários-mínimos (R$ 2.640,00) e dívidas de até R$ 5 mil. O Ministério da Fazenda afirmou que o Desenrola é prioritariamente um programa social, já que o superendividamento se tornou um problema agudo após a pandemia de Covid-19, e atinge com mais intensidade pessoas de baixa renda.

A ideia é dar um alívio para a população mais pobre. Com isso, elas vão poder voltar a ter crédito, participar do mercado e voltar ao consumo. Isso pode ter um efeito na economia, sobretudo no final do ano, que é uma época em que o varejo é mais aquecido. A segunda fase do Desenrola poderá atender até 32,5 milhões de pessoas negativadas, sendo que metade está inscrita no Cadastro Único e faz parte de ações sociais do governo. A etapa inicial das renegociações, que começou em julho, já teve efeito sobre a atividade e o orçamento dos consumidores. Os efeitos sobre o PIB ainda não apareceram nas estatísticas oficiais, mas a estimativa é que tenha havido impacto positivo dado o volume de dívidas renegociadas até agora: R$ 13,2 bilhões.

Além disso, as instituições bancárias informaram ao governo que retiraram do cadastro de negativados 10 milhões de pessoas que tinham dívidas de até R$ 100,00, superando as expectativas da Fazenda. Assim, há um alívio também para as empresas, que hoje sofrem com a inadimplência, e abre mais espaço no balanço dos bancos para que voltem a emprestar. O Ministério da Fazenda se refere a um estímulo regulatório oferecido ao sistema financeiro: a cada R$ 1,00 renegociado, os bancos poderão liberar R$ 1,00 em recursos que ficam congelados nos seus balanços para emprestar. O governo espera que o desconto mínimo oferecido pelos credores seja de cerca de 58%. O desconto máximo deverá ocorrer para quem tem dívidas no cartão de crédito de 2019, já que são débitos de mais difícil recuperação. Já os menores são esperados para pendências do ano passado com empresas de energia elétrica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.