19/Sep/2023
A instalação de novas fábricas de celulose e papel segue alimentando a corrida por madeira e terras no Brasil, sobretudo nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com demanda superior à oferta, os preços do eucalipto em pé, que leva entre seis e sete anos para estar pronto para a produção de celulose, praticamente triplicaram de 2019 para cá, ao mesmo tempo em que a produtividade média florestal no País permaneceu estagnada. No caso do pinus, os preços saltaram mais de 60% em um ano. Até 2028, segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o setor de base florestal terá investido R$ 61,9 bilhões, entre plantio de florestas, novas fábricas, modernização e logística.
No setor, a leitura é que não há disponibilidade de matéria-prima para novos projetos de celulose, além dos que estão em execução, ao menos até 2027, por causa do ciclo longo das culturas de eucalipto e pinus. Para se ter ideia dos volumes transacionados, somente a Bracell teria comprado recentemente perto de 3 milhões de toneladas de madeira em Minas Gerais para assegurar o suprimento de matéria-prima para a fábrica de celulose em Lençóis Paulista (SP). Segundo uma fonte da indústria, a companhia tinha apetite para mais. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.