19/Sep/2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo brasileiro concluiu a primeira apresentação a investidores, roadshow no jargão de mercado, da emissão de títulos de dívida de sustentáveis, os chamados green bonds, do Brasil, que vai estrear neste tipo de captação. Foram realizadas 36 reuniões e que contaram com a participação de cerca de 60 investidores internacionais, incluindo nomes dos Estados Unidos e da Europa. O ministro demonstrou otimismo com o apetite dos investidores internacionais. Segundo Haddad, agora, o Ministério da fazenda entra em “período de silêncio” e não pode mais comentar sobre os detalhes da emissão.
Ele não quis precisar uma data nem um montante. Conforme o ministro essas são decisões que cabem ao Tesouro Nacional, sinalizando que a operação depende das condições de mercado para ser realizada. Nos bastidores, a expectativa é de que a emissão do governo brasileiro seja da ordem de US$ 2 bilhões e ocorra até meados de novembro deste ano. Os encontros com investidores trouxeram uma sinalização positiva. Foi feito o chamado Non-Deal Roadshow, então não tinha um acordo fechado nas conversas, não houve uma definição sobre valores específicos, mas há um interesse muito grande dos investidores.
Os investidores demonstraram interesse não só no plano de transformação ecológica que o Brasil está implementando, mas também no arcabouço dos títulos sustentáveis que o Brasil desenhou. Os bancos que vão assessorar o governo brasileiro também já foram contratados. São o norte-americano JPMorgan, o Santander e o Itaú Unibanco. Porém, bancos de investimento se movimentam para tentar entrar na emissão do governo brasileiro e que marcará a estreia no mercado de green bonds. Pesa, sobretudo, o critério utilizado para a escolha dos assessores financeiros: os bancos mais bem posicionados nos rankings de mercado de capitais. Agora, quem ficou de fora está tentando entrar no sindicato de bancos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.