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18/Sep/2023

Grãos: área poderá recuar no Brasil em 2023/2024

Segundo a Datagro Grãos, em sua primeira análise para a safra 2023/2024, a área semeada com cereais e oleaginosas no Brasil em 2023/2024 pode diminuir, o que interromperia uma sequência de 13 anos consecutivos de crescimento. Consequentemente, há chances de recuo na produção, após o recorde de 2022/2023. A previsão de área é de 79,69 milhões de hectares e produção de 329,47 milhões de toneladas. Apesar de boa oferta de crédito, da redução nos custos de produção e safra de verão (1ª safra 2023/2024) devendo acontecer inteira sob o impacto do fenômeno El Niño, o fato concreto é que a temporada vai começando com quadro muito menos animador e diferente do verificado em igual momento de 2022. Esse cenário é reflexo da expressiva queda nos preços nas principais culturas, além de um sentimento dominante de mercado novamente conservador em 2024.

Lembrando que, apesar de menores, os custos de produção estão caindo apenas cerca de 20% a 30%, depois de terem subido mais de 100% nos últimos 3 anos. A área estimada de 79,69 milhões de hectares, representaria uma diminuição de 0,2% sobre os 79,85 milhões de hectares em 2023. A estimativa preliminar da produção total de grãos para 2023/2024 é de 329,47 milhões de toneladas, em comparação com o recorde de 330,68 milhões de toneladas em 2022/2023. Esse volume aconteceria em linha com a expectativa de diminuição da área a ser semeada, pela expectativa inicial de produtividade média ainda dentro da normalidade, contando com comportamento climático regular, e pelo positivo nível de utilização de insumos.

Depois do fator mais importante, a definição da área a ser semeada, o que mais pesa nessa expectativa inicial de produção é o nível tecnológico a ser utilizado nas lavouras, cuja tendência se mostra outra vez positiva para a produtividade. Terceiro grande fator para a definição da safra, o comportamento do clima, é sempre o mais delicado. Em virtude da atuação do El Niño, o sentimento é melhor do que nos últimos três anos, já que o fenômeno normalmente traz chuvas acima da média no Centro-Sul e precipitações dentro da normalidade na região Central. Porém, há certo grau de incerteza em virtude de provável diminuição das chuvas no Centro-Norte. Estatisticamente, anos de El Niño são normalmente associados a safras cheias no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.