18/Sep/2023

O modelo de taxonomia verde do Brasil deve ser mais alinhado ao da Colômbia entre todos os existentes. A taxonomia é um conjunto de parâmetros que serve de referência para o setor público e privado para tópicos ligados à sustentabilidade e busca facilitar a canalização de recursos para atingir os objetivos ambientais dos países. Os parâmetros da União Europeia (UE) foram os primeiros a serem considerados uma bússola para os formuladores de políticas do mundo inteiro. O exemplo colombiano, no entanto, traz tópicos mais ligados com os interesses que o Brasil quer explicitar para os atores interessados no tema, pois considera itens como agricultura, por exemplo, que são ignorados na versão europeia.

O texto que o governo brasileiro colocará para o escrutínio da sociedade em breve pretende ter pontos avaliados como fundamentais para o País. O modelo colombiano é do qual o Brasil mais deve se aproximar, mas a taxonomia do México e até a da União Europeia também estão sendo consideradas, ajudando a montar um mix que deve ter "a cara" do País. Interoperabilidade é a palavra-chave. A Colômbia foi a pioneira na área nas Américas, lançando sua taxonomia soberana há pouco mais de um ano, em Nova York. O então presidente do país, Iván Duque, salientou na ocasião que o texto serviria de referência para os demais países da América Latina.

"Esta é a primeira vez que um mercado emergente adota a Taxonomia Verde e é a primeira vez que incluímos coisas como biodiversidade e pecuária, proteção da água e da terra, bem como estamos aumentando nossa matriz energética em uma forma mais limpa", defendeu Duque aos investidores internacionais. E é justamente por causa desses itens listados pelo ex-presidente colombiano que o modelo brasileiro tende a se aproximar bastante das regras do país vizinho. A Colômbia demorou três anos para conseguir colocar sua taxonomia em vigor. No Brasil, após a consulta pública, a expectativa é de que o processo ocorra de forma bem mais célere, em torno de um ano. O que o governo deseja é ter esse conjunto de referências pronto até a realização da COP30, marcada para ocorrer em 2025, em Belém (Pará). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.