15/Sep/2023
O ex-ministro da Fazenda e diretor de Estratégia Econômica e Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy, afirmou que o Brasil não consegue competir com os Estados Unidos ou a Europa na quantidade de recursos destinados à agenda verde e climática, mas precisa ter ambições grandes e ser um "ganhador". Como exemplo, ele citou o setor de ônibus elétricos, no qual o País está pronto, com empresas nacionais e estrangeiras. O Brasil está em uma posição única. Pode se tornar uma economia de zero emissões de carbono e, em praticamente todos os casos, o País tem uma situação mais competitiva na transição energética. As opções que são sustentáveis hoje são mais baratas do que as não sustentáveis.
Mas, é preciso um mínimo de organização. Ele afirmou que a organização do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a preparação de um plano, de uma agenda verde, é positiva, e é preciso ter uma visão geral para que o setor privado possa se organizar e traçar suas ações. Não se trata de competir, mas fornecer um "mapa geral", o que também contribuiria para canalizar mais investimentos para iniciativas sustentáveis. O setor privado no Brasil está à frente e tem aumentado o apetite por serviços públicos, que deve ser facilitado pelo mercado de capitais. Na sua visão, a presença pública, subsidiando projetos, nem sempre é necessária. O que falta é uma estrutura que reduza o risco do negócio.
É preciso um maior desenvolvimento do mercado privado. Para ter grandes ambições na agenda verde, o Brasil tem de avançar com a ajuda de parcerias, o que inclui outros países, empresas e investidores estrangeiros. "O Brasil é um país que está aberto ao investimento estrangeiro há muitas décadas e nunca teve problemas com isso. Se o Brasil for bem-sucedido nisso, conseguirá atrair capital e traçar um bom caminho para si, mas também para outros países, incluindo vizinhos da América Latina. O Brasil é a solução e precisa de parceiros de todos os lugares do mundo, e trabalhar com empresas de todo o mundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.