04/Sep/2023

O dólar fechou a sexta-feira (1º/09) em leve baixa ante o Real, em meio a ajustes de preços após a disparada vista na véspera e na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana sustentou ganhos firmes ante divisas fortes e em relação à maioria das demais moedas. O dólar fechou a R$ 4,94, com baixa de 0,24%. Na semana passada, porém, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,34%. Na quinta-feira (31/08), o dólar havia registrado alta forte, de 1,70%, na esteira das preocupações do mercado com a área fiscal e da disputa entre investidores pela formação da Ptax de fim de mês (taxa utilizada para liquidar contratos futuros neste início de setembro). Após a disparada da véspera, o dólar passou por ajustes na sexta-feira (31/08), com alguns investidores realizando lucros (vendendo moeda) e recompondo posições. Este movimento manteve o dólar no território negativo durante toda a sessão.

A divisa marcou a cotação mínima de R4 4,90 (-1,05%) e a máxima de R$ 4,94 (-0,07%). Na sequência, se acomodou perto da estabilidade, mas sempre no negativo. Segundo a Correparti Corretora, considerando o exterior, o dólar deveria estar subindo no Brasil. Mas, a liquidez diminuiu. Além dos ajustes técnicos, o Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado também favoreceu o Real, em detrimento do dólar. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas. No exterior, o viés para o dólar era positivo, após a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

A criação de vagas fora do setor agrícola totalizou 187 mil empregos no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego. Os dados de julho foram revisados para baixo, mostrando 157 mil empregos criados, em vez dos 187 mil relatados anteriormente. Economistas previam que o saldo de vagas ficaria em 170 mil empregos no mês passado. Já a taxa de desemprego dos Estados Unidos aumentou para 3,8%, de 3,5% em julho, à medida que mais pessoas entraram na força de trabalho. O salário médio por hora aumentou 0,2%, depois de ter subido 0,4% em julho. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,59%, a 104,240. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.