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01/Sep/2023

Brasil lidera em startups ativas na América Latina

De acordo com mapeamento inédito feito pela Distrito e divulgado nesta quinta-feira (31/08) pela Distrito, o Brasil é líder em empreendedorismo na América Latina, mas outros países da região têm ganhado destaque, como Chile, Colômbia e México. Só o Brasil tem 13,3 mil startups ativas, bem distante do segundo colocado, o México, com 2,3 mil. Nos últimos 5 anos, a América Latina recebeu US$ 36 bilhões de investimentos de venture capital, os fundos que compram participação nessas jovens companhias, foi a sétima região do mundo em investimentos, considerando o ano de 2019 até junho de 2023. O Brasil tem ficado com a maior parte desse investimento, entre 50% e 65%, dependendo do ano. Em número de rodadas, a América Latina costuma ficar em quarto ou quinto lugar no mundo, dependendo do ano. O Brasil é a grande força da região. A maior parte das startups no Brasil (55%) tem como público-alvo outras empresas, o modelo chamado B2B.

O melhor ano para o venture capital na América Latina foi em 2021, com US$ 17 bilhões investidos. Com a alta dos juros no mundo e a reavaliação que se seguiu das empresas de tecnologia, o investimento caiu para US$ 8 bilhões em 2022. Este ano, até junho, está em US$ 1,4 bilhão, mas a sinalização agora é mais positiva, com negócios voltando a acontecer. O ano de 2023 começou mais difícil e mais restritivo. Parece que mercado está tentando se movimentar. Empresas em estágio de crescimento foram as que mais sofreram. Desde o segundo trimestre de 2021, o número de negócios com essas companhias vem caindo na região, assim como nos mercados globais. Em termos de maturidade das startups, o número de investidores em companhias com mais tempo (late stage) caiu proporcionalmente muito mais que nas bem novas (seed e early stage). As fintech são as líderes em investimentos na América Latina entre as empresas nascentes de tecnologia.

Nos últimos cinco anos, de 2019 até junho de 2023, receberam US$ 13 bilhões em investimentos, em mais de 1,1 mil rodadas. O setor financeiro é o que tem sofrido maior disrupção pelas novas tecnologias, não só no Brasil, mas nos outros países da região. Após as fintechs, vem as startups de varejo, mas com volumes menores. Foram menos de 500 rodadas de investimento desde 2019 e perto de US$ 5,8 bilhões investidos. Saúde e agronegócios aparecem em seguida na lista. Apesar da concentração no setor financeiro, outros setores têm ganhado espaço. Em termos de participação dos fundos de venture capital no Produto Interno Bruto (PIB), na casa dos 0,6% em 2021 no Brasil, o número ainda está abaixo da média internacional. Países como Índia, Reino Unido e França têm algo como 0,9%. Em 2022 a fatia caiu muito por causa da desaceleração dos investimentos, mas a expectativa é que volte a crescer. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.