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30/Aug/2023

Confiança do Comércio cresce em agosto ante julho

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os comerciantes brasileiros ficaram um pouco mais otimistas em agosto. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) aumentou 0,3% em relação a julho, na série com ajuste sazonal, interrompendo uma sequência de três meses de quedas. O indicador alcançou 110,6 pontos em agosto, na zona de satisfação, embora esteja em patamar 10,8% inferior ao registrado em agosto de 2022. O aumento da inadimplência empresarial preocupa o varejo. Segundo dados do Banco Central, houve um crescimento acelerado da inadimplência acima de 90 dias no crédito com recursos livres entre as pessoas jurídicas desde a segunda metade de 2022. Aproximadamente 3,3% do crédito destinado às empresas está em situação de inadimplência há mais de três meses, o maior porcentual desde agosto de 2018.

O Icec de agosto trouxe perdas nos componentes que avaliam a situação da empresa tanto em relação ao mês anterior quanto na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As condições de operação no varejo estão mais restritas, sobretudo nos segmentos mais dependentes de vendas a prazo e com alta alavancagem empresarial. Na passagem de julho para agosto, a avaliação das condições atuais cresceu 1,0%, para 87,4 pontos, com melhora nos quesitos economia (alta de 3,4%, para 74,6 pontos) e setor (0,4%, para 83,1 pontos), mas ligeira queda para o quesito empresa (-0,1%, para 104,4 pontos). Quanto às expectativas, houve redução de 0,2% em agosto ante julho, para 141,7 pontos, com recuos nos quesitos economia (-0,3%, para 131,1 pontos) e empresa (-0,7%, para 152,3 pontos), mas melhora na perspectiva para o setor (alta de 0,6%, para 141,6 pontos).

As intenções de investimentos cresceram 0,2% em agosto ante julho, para 102,9 pontos, com expansão na intenção de contratação de funcionários (0,7%, para 119,3 pontos) e em estoques (0,3%, para 91,5 pontos), mas queda na empresa (-0,3%, para 97,8 pontos). O aumento na intenção de contratações de funcionários em agosto pode ser atribuído à aproximação de datas relevantes do calendário de vendas no varejo neste segundo semestre, ao alívio da renda vindo da inflação mais baixa e da resiliência do mercado de trabalho. Embora o nível de endividamento e inadimplência entre os consumidores permaneça elevado, o início do processo de redução da taxa básica de juros, a Selic, trouxe certo alívio. Isso repercutiu no otimismo dos comerciantes de bens duráveis (eletroeletrônicos, móveis, decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos), com o índice de confiança desse grupo atingindo 105,3 pontos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.