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25/Aug/2023

Brasil negocia abertura de novos mercados na China

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil está em fase avançada de negociação com a China para abertura do mercado chinês para liberação de mais produtos, entre grãos e frutas. A negociação está avançada para liberação de grãos, como sorgo e gergelim, inclusive já em ponto de liberação. Também está em fase bem avançada a liberação de uva fresca. Seria importante a participação do Ministério das Relações Exteriores e da Comissão Sino-Brasileira (Cosban) para finalizar este processo. Fávaro destacou também como entregas prontas a serem firmadas em próximas reuniões com a China a abertura do mercado chinês à noz pecã do Brasil e o memorando de entendimento entre os dois países em relação aos pesticidas. O ministro citou também o interesse do Brasil na habilitação de novos frigoríficos para exportar para a China.

De acordo com Fávaro, o Brasil apresentou uma lista com 62 plantas de carne bovina, suínas e de aves aptas a serem habilitadas e uma segunda lista com 15 plantas. A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) manifestou em maio e reafirmou a manifestação na semana passada ao embaixador brasileiro na China que, para facilitar a habilitação de novas plantas, a lista fosse menor. O Ministério da Agricultura está na fase de avaliação. As entidades representantes de frigoríficos serão chamadas para reduzir a lista e ter outras plantas habilitadas ainda neste ano. Dentre o rol de temas sanitários que estão sendo tratados pelos países, Fávaro citou o avanço no protocolo de regionalização de gripe aviária e defendeu a revisão do protocolo referente à encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como "mal da vaca louca".

Em um país continental como o Brasil, é fundamental a regionalização do protocolo de gripe aviária, porque há vulnerabilidade com o protocolo atual (que prevê embargo total ao Brasil em eventuais casos de Influenza Aviária no plantel comercial). Isso está bastante avançado e a ideia é que a regionalização seja de raio de 10 Km ou por municípios. A revisão do protocolo de EEB é fundamental, uma vez que a China atestou que o sistema brasileiro é eficiente e transparente e caso ocorram casos atípicos (de EEB) não sejam mais condicionados às restrições de mercado, afirmou Fávaro. Outros assuntos enfatizados pelo ministro em tratativas entres os países foram o reconhecimento pela China do status do Brasil de livre de febre aftosa e livre de peste suína clássica, o que poderia ampliar o mercado de exportações nacional ao país asiático. O reconhecimento chinês ao status do Brasil é muito importante, porque, hoje, o País exporta somente de Santa Catarina.

A autorização do Brasil ao sistema pré-listing de habilitação de frigoríficos também ganharia muito mercado. Os Estados Unidos já têm esse reconhecimento, uma referência ao modelo de habilitação de indústrias, que dispensa a avaliação final por parte das autoridades chinesas. Neste caso, a habilitação sanitária das indústrias seria feita pelos próprios exportadores, de acordo com as regras do país importador. Segundo o ministro, a Pasta propõe uma reunião sanitária com a China para debater estes temas. Fávaro apontou ainda a parceria entre empresas chinesas na adesão ao programa de recuperação de pastagens degradadas do País, a adoção do protocolo de certificação eletrônica entre os países e a liberação para exportação de farinhas de proteína animal do Brasil e a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas para exportar ao país asiático. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.