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25/Aug/2023

Argentina: acirramento eleitoral e onda de saques

A polícia argentina prendeu na quarta-feira (23/08), 94 pessoas após episódios de saques a supermercados e comércios em diferentes pontos da Grande Buenos Aires. Autoridades disseram que as ações foram incitadas pelas redes sociais com o objetivo de provocar desestabilização. O país está no meio de uma acirrada campanha eleitoral. O Ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, Sergio Berni, afirmou que houve tentativas de roubo de maneira coordenada em lojas dos subúrbios das cidades de Moreno, José C. Paz e Escobar. Um dos supermercados sofreu grande estrago e foi incendiado.

O episódio ocorre duas semanas após as eleições primárias que consagraram o libertário Javier Milei como a principal força da disputa, seguido por Patricia Bullrich, candidata de centro-direita, e do candidato do governo, o ministro da Economia, Sergio Massa. A Argentina enfrenta uma taxa de pobreza de 40% e uma onda de insatisfação crescente contra a classe política. A inflação está em 113,4%, na comparação anual, o que está corroendo o poder de compra dos argentinos. Desacreditados da política tradicional, um quarto dos eleitores votou por Milei que promete explodir o Banco Central e, na segurança, se coloca como um linha-dura.

Logo após os resultados das primárias e por consequência da queda do peso, vários produtos desapareceram das prateleiras devido à falta de preços. A porta-voz do governo argentino apontou para apoiadores de Milei como os idealizadores dos ataques. Eles teriam agido para gerar instabilidade. Milei se defendeu condenando os episódios de violência e disse que o governo pertence aos kirchneristas, a quem acusou de ter “experiência nesse tipo de atividade”. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.