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18/Aug/2023

Brasil tem 1ª Bolsa de Crédito de Carbono do mundo

A primeira Bolsa de crédito de carbono do mundo, a B4, foi lançada na quarta-feira (16/08), em São Paulo. Ela permite a negociação dos créditos referentes aos certificados emitidos para uma empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa como um ativo financeiro por meio da tecnologia blockchain, que agrupa informações que se conectam por meio de criptografia. Assim, transações financeiras e outras operações podem ser feitas de forma segura. A ideia é de que a Bolsa atue como um facilitador para as empresas que querem compensar a quantidade de carbono emitida em suas operações e impulsionar a transição energética por meio de uma economia com foco em regeneração dos recursos naturais. Segundo uma prospecção interna feita pela companhia, a expectativa é de movimentar R$ 12 bilhões em crédito de carbono no primeiro ano após o lançamento da plataforma. Porém, com base nas empresas que pedem para ser listadas e nas que querem comprar os créditos, a demanda seria dez vezes superior a esse valor. Os nomes das empresas só vão ser anunciados em breve.

A B4 não vai ser uma alternativa à B3. Ela vai listar ativos tokenizados (dispositivo que funciona como uma chave eletrônica) e projetos voltados à sustentabilidade. A B4 afirma que grandes indústrias dos Estados Unidos, Canadá, do Japão, da França e da Arábia Saudita já demonstraram interesse em comprar e comercializar os créditos da B4. No Brasil, empresas de varejo que vendem o crédito dentro dos seus aplicativos, como iFood e Uber, também teriam demonstrado interesse. Como objetivo final, a B4 tem a intenção de se tornar uma Bolsa de ação climática. Neste primeiro momento, no entanto, a plataforma irá comercializar apenas créditos de carbono. Além de facilitar o acesso de empresas à negociação de ativos digitais lastreados em carbono, a B4 também tem a intenção de impulsionar a chegada de mais empresas ao carbono neutro por meio de uma plataforma controlada. A tecnologia permite o fracionamento e venda rastreada e auditável destes créditos, evitando que as empresas finjam adotar práticas sustentáveis, afirma a BBChain.

Diferentemente da B3, em que é preciso negociar a compra e a venda de ativos por meio de uma corretora de valores, a empresa poderá se cadastrar na plataforma (https://b4.capital), preencher informações similares às solicitadas pelo banco e criar uma conta. Depois, pode comprar os créditos de carbono após transferir a quantia para a conta. Vai operar de forma similar a uma conta de banco ou a compra de criptoativos, com a diferença de que serão verificadas as empresas que estão comprando. Uma indústria que se interesse em começar a sua compensação de crédito de carbono, por exemplo, pode fazer o cadastro, comprar o crédito de carbono e mantê-lo na carteira da corretora. É uma forma, inclusive, de anunciar para a sociedade que aquela empresa está realmente fazendo a compensação, já que ela pode incluir essas informações nos próprios balanços financeiros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.