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17/Aug/2023

PIB: economia brasileira dando sinais de resiliência

Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a leve alta de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na passagem do primeiro ao segundo trimestre foi calcada em avanços na indústria e nos serviços, mostrando resiliência na atividade econômica em meio ao ambiente de juros elevados. Tem uma certa resiliência da economia. Porque apesar de estar num ambiente de juros elevados, que obviamente está afetando a economia, ainda assim esses setores estão crescendo. O PIB vinha de uma elevação de 2,0% no primeiro trimestre do ano, ante o quarto trimestre de 2022, turbinado pelo salto de 20,6% na agropecuária, ao passo que indústria (0,2%) e serviços (0,4%) tiveram resultados mais modestos. No segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre do ano, a agropecuária caiu 8,0%, mas a indústria cresceu 1,1%, e os serviços avançaram 0,3%.

Já era esperada essa desaceleração no PIB geral no segundo trimestre, mas tinha essa expectativa se o número seria positivo ou negativo. Mas, com a contribuição da indústria e dos serviços, foi possível manter essa estabilidade. O segundo semestre deve ser mais desafiador. A agropecuária é “um bônus” na economia este ano, graças à safra recorde, especialmente de soja. A agropecuária deve dar uma contribuição de 0,7% para a taxa de crescimento do PIB brasileiro de 2023. Ressalta-se que 90% da colheita de soja acontece até abril, então a maior parte da contribuição do campo para a economia já ocorreu. Daqui em diante, haverá uma influência maior especialmente dos serviços e da indústria extrativa. A extrativa mineral também está sendo um benefício este ano. O Brasil está com um número bom tanto para petróleo quanto para minério de ferro este ano, os principais produtos da extrativa.

A previsão é de avanço de 2,5% no PIB brasileiro de 2023. Embora se espere um possível impacto positivo do programa Desenrola, para renegociação de dívidas, o consumo das famílias ainda seja contido pelos altos níveis de endividamento no País, mas permanecerá em território positivo no segundo semestre, sustentado pela demanda por serviços e bens não duráveis. No segundo trimestre de 2023 ante o primeiro, os dados do Monitor do PIB apontam que houve uma alta de 0,4% no Consumo das Famílias, mas queda de 0,3% no Consumo do Governo. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) subiu 0,2%. As exportações avançaram 4,0% e as importações aumentaram 11,8%.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice de atividade da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. O resultado oficial do PIB apurado pelo IBGE referente ao segundo trimestre será divulgado no próximo dia 1º de setembro. Em relação ao segundo trimestre de 2022, o Monitor do PIB aponta crescimento de 2,6% na economia no segundo trimestre de 2023. A atividade econômica registrou uma elevação de 1,3% no mês de junho ante maio. Na comparação com o mês de junho de 2022, a atividade econômica teve expansão de 2,7% em junho de 2023. Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 5,075 trilhões no primeiro semestre de 2023, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 18,1% no segundo trimestre de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.