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14/Aug/2023

Dólar fecha em alta alinhado ao movimento externo

Após troca de sinais, o dólar se firmou em alta ante o Real na sexta-feira (11/08), em sintonia com o exterior, e fechou na casa de R$ 4,90. Entre mínima a R$ 4,86 e máxima a R$ 4,90, ambas na primeira etapa de negócios, a moeda encerrou o pregão cotada em R$ 4,90, avanço de 0,45%, acumulando ganhos de 0,59% na semana passada e de 3,69% em agosto. No exterior, a taxa do Treasury de 10 anos ganhou força ao longo da tarde e o índice DXY renovou máximas, com ganhos firmes na comparação com o euro. A moeda norte-americana subiu em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Entre as raras exceções, figurou o peso mexicano, impulsionado pela decisão do Banco Central do México (Banxico) de manter a taxa básica do país em 11,25%. Depois de alívio com a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em linha com as expectativas, houve certo desconforto com o índice de preços ao produtor (PPI) de julho acima do esperado.

Monitoramento da CME mostrou leve redução das chances de manutenção da taxa básica norte-americana em setembro, que voltaram a ficar abaixo de 90%. Há apostas de que, após nova pausa em setembro, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) volte a elevar os juros em novembro. Segundo a Nexgen Capital, houve uma reação natural de alta do DXY e do dólar em relação a moedas emergentes após a inflação ao produtor vir acima do esperado. Na semana passada, houve discursos divergentes de dirigentes do Fed e existe a possibilidade de nova alta dos juros. No Brasil, o IPCA de julho referendou a continuidade do processo de redução da taxa Selic pelo Banco Central, com parte do mercado de juros futuros reforçando apostas em aceleração do ritmo de queda, para 0,75%. Após deflação de 0,08% em junho, o IPCA subiu 0,12% em julho. Houve, contudo, arrefecimento da média dos núcleos e do setor de serviços, além diminuição do índice de difusão.

Como esperado, a inflação acumulada em 12 meses acelerou de 3,16% para 3,99%. A equipe de pesquisas do Goldman Sachs tem uma visão positiva para o Real e peso colombiano. No caso da moeda brasileira, o Goldman Sachs acredita que o Banco Central será cauteloso no ciclo de redução da taxa de juros, uma vez que a atividade mostra resiliência e a inflação acumulada em 12 meses aponta leve aceleração. A perspectiva para a economia dos Estados Unidos permanece consistente com o cenário de pouso suave, o que deve beneficiar moedas emergentes pró-cíclicas que têm relativamente menos exposição à zona do euro e à China, como o Real e o peso colombiano. Para o Goldman Sachs, o tropeço das moedas emergentes neste início de mês pode ter sido motivado pela combinação de preocupação com erosão maior do que a esperada do carry trade e riscos de piora da economia global em razão da China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.