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14/Aug/2023

Inflação de julho sobe 0,12% após queda em junho

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,12%, ante um recuo de 0,08% em junho. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,99%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 3,99% até julho, maior que a taxa de 3,16% até junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,09% em julho, após um recuo de 0,10% em junho. Com o resultado, o índice acumulou alta de 2,59% no ano. A taxa em 12 meses mostrou alta de 3,53%, ante taxa de 3,00% até junho. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,46% em julho, após queda de 0,66% em junho. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,10% para o IPCA.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 1,07% no mês anterior, com destaque para feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). No lado das altas, as frutas (1,91%) subiram de preço, com destaque para a banana-prata (4,44%) e para o mamão (3,25%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,21%, ante alta de 0,46% em junho, diante da desaceleração na alta de preços do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, estes itens haviam registrado inflação de 0,68% e 0,35%, respectivamente. Os preços de Transportes subiram 1,50% em julho, após queda de 0,41% em junho. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,31% para o IPCA de julho. Os preços de combustíveis tiveram alta de 4,15% em julho, após recuo de 1,85% no mês anterior.

A gasolina subiu 4,75%, após ter registrado queda de 1,14% em junho, enquanto o etanol avançou 1,57% nesta leitura, após queda de 5,11% na última. O preço do óleo diesel caiu 1,37%, e as altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo. A energia elétrica residencial recuou 3,89% no IPCA de julho e, com isso, apresentou a maior contribuição negativa sobre o índice no mês, de 0,16%, em oposição à gasolina (4,79%), que teve o maior impacto positivo sobre a inflação do mês, com 0,23%. O recuo de energia ocorreu em 15 das 16 regiões analisadas pelo IBGE, e refletiu a incorporação do bônus de Itaipu. A queda da energia elétrica puxou a deflação de 1,01% do grupo Habitação. Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,18% em julho. O resultado do IPCA de julho seria de deflação de 0,11% caso o item gasolina fosse excluído da leitura.

O IPCA subiu 0,12% em julho. A maior contribuição individual para a alta partiu de gasolina (4,75%; impacto de 0,23%). O subitem subiu em todas as 16 regiões analisadas. O aumento do subitem está associado à reoneração de impostos federais. A partir de 1º de julho, voltou a cobrança da alíquota cheia de PIS/Cofins sobre a gasolina, o que contribuiu para essa alta. Entre os subitens, a gasolina tem o maior peso na cesta do IPCA, de 4,79%. O avanço da gasolina explica o aumento do índice de difusão de produtos não alimentícios entre junho e julho, de 52% para 53%. Com o resultado, a gasolina acumula alta de 11,64% no ano e queda de 9,28% em 12 meses. O IPCA de julho (0,12%) teve a menor taxa positiva de variação desde outubro de 2022. A afirmação desconsidera as deflações registradas no período. O resultado obtido no mês refletiu movimentos intensos nos três grupos com maior peso no índice.

De um lado, houve deflação de Alimentação e bebidas (-0,46%) e Habitação (-1,01%), de outro alta de Transportes (1,50%). Somados, os impactos sobre o índice dos dois grupos deflacionários resultaram em 0,26% em junho, contra impacto positivo de 0,31% de Transportes. O avanço de Transportes no período foi puxado principalmente pela gasolina (4,79%). Entre os combustíveis (4,15%), somente óleo diesel (-1,37%) recuou no mês. Houve alta de 3,84% de gás veicular e de 1,57% de etanol. As altas de passagem aérea (4,97%) e automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo. O aumento das passagens aéreas pode estar relacionado ao período de férias escolares. Essa pressão também pode ter influenciado outros subitens turísticos, o que contribuiu para a alta de serviços (0,25%) no mês. Já o fim do programa de descontos do governo federal explicou o avanço de automóvel novo.

Ainda em Transportes, houve avanço de pedágio (2,44%). Por outro lado, houve queda de ônibus urbano. O recuo de Alimentação e bebidas (-0,46%) no IPCA de julho foi puxado por deflação de alimentação em domicílio (-0,72%), contra alta de alimentação fora do domicílio (+0,21%). A queda no critério em domicílio foi a principal responsável pela redução do índice de difusão entre os itens alimentícios no mês (46% para 38%). Apesar da alta na margem, o critério fora de domicílio desacelerou pelo terceiro mês consecutivo nesta leitura. Já alimentação no domicílio teve estabilidade em maio, mas registrou deflação em junho e julho. Entre as quedas de subitens de Alimentação e bebidas em destaque o recuo de feijão carioca (-9,24%) e o avanço de banana-prata (4,44%), que foram motivados por questões de oferta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.