ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Aug/2023

Países da Amazônia cobram mais apoio financeiro

Os chefes de Estado de países da Amazônia, além de outros com florestas tropicais, cobraram de nações industrializadas o financiamento de medidas de combate às mudanças climáticas e proteção da biodiversidade. Em comunicado divulgado na quarta-feira (09/08), último dia da Cúpula da Amazônia, realizada em Belém (PA), os líderes manifestaram preocupação com o não cumprimento de compromissos firmados e reforçaram a reivindicação de valores que podem chegar a mais de US$ 200 bilhões por ano.

Assinado por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Indonésia, Peru, República Democrática do Congo, República do Congo, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela, o documento cita compromissos não cumpridos pelas nações ricas, como o financiamento para o desenvolvimento equivalente a 0,7% do rendimento nacional bruto; o financiamento climático de US$ 100 bilhões por ano para países em desenvolvimento; e a contribuição para a mobilização de US$ 200 bilhões por ano, até 2030, prevista pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal. E relembra a necessidade dos países desenvolvidos de liderar e acelerar a descarbonização de suas economias, atingindo a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível e preferencialmente antes de 2050.

“Não aceitaremos mais ficar criando teses que não sejam colocadas em prática”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os oito países que compõem o Tratado de Cooperação Amazônica divulgaram na terça-feira (08/08), a Declaração de Belém, com compromissos comuns para preservação do bioma. O documento, porém, não prevê a meta de desmatamento zero, como defendia Lula, e não inclui a eliminação de planos de explorar petróleo na região. A exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas provocou uma crise no governo brasileiro, envolvendo os ministros Marina Silva, do Meio Ambiente, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia. Marina resiste, mas Lula não descarta estudos sobre essa atividade.

Em junho, pedido da Petrobras foi negado pelo Ibama, que apontou riscos ambientais. Marina Silva minimizou a falta de metas na Declaração de Belém. Ainda que não tenha meta de zerar o desmatamento na declaração conjunta em função de não se chegar ao consenso com outros países, o Brasil já tem esse compromisso e vai continuar perseguindo. Todos os países, todos os presidentes concordam que a Amazônia não pode passar do ponto de não retorno, conclui Marina Silva. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.