09/Aug/2023

Uma minuta da Declaração de Belém, negociada durante a Cúpula da Amazônia, apresenta termos vagos em relação aos pontos mais sensíveis sob discussão. O texto é datado de 31 de julho e ainda pode ser alterado a depender do que for acertado entre os líderes. O esboço destaca a "urgência de acordar metas comuns até 2030 para o combate ao desmatamento", mas não detalha planos para eliminar totalmente o desmate ilegal. Não há menção sobre a proposta encampada pela Colômbia de eliminar a exploração de petróleo na região. A versão preliminar do documento, por outro lado, lança as bases para a formalização do Parlamento Amazônico e determina a criação de um Painel Técnico Intergovernamental da Amazônia. Esse mecanismo funcionaria nos mesmos moldes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para especialistas, o estabelecimento de um acordo para acabar com o desmatamento é o passo mais importante para acelerar a atração de recursos externos voltados à proteção da Amazônia. O ministro das Relações Exteriores do Equador, Gustavo Manrique Miranda, propôs aos líderes da Cúpula Amazônia a criação do G17, bloco que reuniria os países com os maiores níveis de biodiversidade do mundo. O grupo seria formado aos moldes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e do G7. A iniciativa teria o foco na preservação do meio ambiente e formaria uma frente única de defesa dos interesses desses países. As ações desses países devem impactar positivamente na saúde do planeta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.