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09/Aug/2023

Endividamento das Famílias cai em julho ante junho

De acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias endividadas no País saiu de 78,5% em junho para 78,1% em julho, queda de 0,4%, primeiro recuo desde novembro de 2022. Como resultado, o volume de endividados desceu ao menor nível desde janeiro deste ano. O Programa Desenrola, medida do governo federal que iniciou em julho, propôs a renegociação de dívidas bancárias de pessoas com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 20 mil. Isso fez com que a proporção de endividados na classe média diminuísse em julho.

No grupo com renda familiar de três a cinco salários-mínimos mensais, a fatia de endividados caiu 0,7%, passando de 79,3% em junho para 78,6% em julho, menor nível desde junho de 2022. Na faixa de renda de cinco a dez salários-mínimos mensais, também houve queda de 0,7% na proporção de endividados, que recuou de 78,1% em junho para 77,4% em junho, a menor desde janeiro deste ano. No grupo mais rico, que recebe mais de dez salários-mínimos mensais, a proporção de endividados ficou estável em 74,9%. Entre os mais pobres, com renda familiar até três salários-mínimos, a fatia de endividados cresceu 0,2%, de 79,2% em junho para 79,4% em julho.

Os consumidores com até 2 salários-mínimos com CPF negativado por conta de dívidas de até R$ 5 mil são o público priorizado pelo Desenrola, mas a operação do programa para esse grupo começa somente em setembro. A proporção de endividados no País deve ficar próxima a 77% em setembro, quando o Desenrola chegar ao público com renda de até dois salários-mínimos. A CNC estima que a proporção de consumidores endividados amplie o ritmo de queda nos próximos meses. No entanto, a previsão é que o índice volte a crescer no fim do ano, encerrando 2023 com cerca de 78% do total de famílias com dívidas. Na contramão do endividamento, a proporção de inadimplentes cresceu 0,4% na passagem de junho para julho, de 29,2% para 29,6%.

No grupo mais pobre, com renda até três salários-mínimos, a fatia de famílias com dívidas em atraso subiu de 37,0% em junho para 37,3% em julho. No grupo que recebe de três a cinco salários-mínimos, a proporção de inadimplentes cresceu de 27,4% para 28,4% no período. Na faixa de cinco a dez salários-mínimos mensais, a fatia com dívidas em atraso caiu de 22,8% em junho para 21,1% em julho. No grupo mais rico, acima de dez salários-mínimos, a fatia de inadimplentes aumentou de 13,8% para 14,3%. A pesquisa mostrou ainda que 85,9% dos endividados tinham contas a vencer no cartão de crédito, ante uma fatia maior em junho, de 87%. O resultado representa a primeira queda nessa modalidade de endividamento em seis meses, para o menor nível desde fevereiro.

Houve leve redução também nas menções a dívidas no cheque especial (de 4,2% em junho para 4,1% em julho) e no crédito consignado (de 5,2% para 5,1%). A proporção de endividados caiu em 13 das 27 Unidades da Federação na passagem de junho para julho, com destaque para as reduções no Distrito Federal (-2,6%), São Paulo (-2,0%), Tocantins (-1,8%), Amapá (-1,6%) e Bahia (-1,2%). O volume de pessoas com dívidas aumentou em outros 13 Estados, especialmente em Sergipe (3,6%), Piauí (2,7%) e Ceará (2,7%). No Espírito Santo, a fatia de endividados permaneceu estável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.