09/Aug/2023

Segundo a Capital Economics, a queda das exportações da China apontada na balança comercial divulgada nesta terça-feira (08/08) deve ser acentuada até o fim do ano. Porém, a contração nas importações apontada na balança deve diminuir ainda em 2023, com a recuperação capitaneada pelos estímulos fiscais do governo local. As importações devem recuperar algum terreno nos próximos meses, já que os governos foram autorizados a fomentar gastos com infraestrutura. A demanda global por bens vem caindo, com o aperto monetário dos bancos centrais pesando sobre os gastos do consumidor.

Porém, a queda em dólares registrada não reflete o recuo em volume nas exportações, porque a China baixou parte do preço de seus produtos para manter seu espaço no mercado global diante de um arrefecimento da demanda. A queda no volume foi menor, de 0,9% ao mês. Remessas de tecnologia verde, incluindo veículos elétricos, baterias e painéis solares, estão ajudando a compensar as quedas. Para a Oxford Economics, a demanda externa deve continuar caindo na China até o fim de 2023.

O volume de exportações só deve crescer no primeiro trimestre de 2024, e até lá deve ser afetado pelas respostas globais à política monetária mais restritiva. A inflação ao consumidor (CPI) deve chegar a 0,5% ao ano no fim de 2023, e a inflação ao produtor (PPI) vai ficar em 3,5% ao ano. A queda recente que os dados têm apontado para a demanda interna da China é consequência de estímulos relativamente contidos do lado da demanda durante a Covid-19, anos de aperto regulatório e uma correção imobiliária em andamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.