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07/Aug/2023

Dólar recua acompanhando o movimento externo

Após três dias de alta, o dólar fechou a sexta-feira (04/08) em baixa ante o Real, com as cotações sendo conduzidas pelo exterior, onde dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos elevaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode não subir mais os juros em 2023. O dólar fechou a R$ 4,87, com baixa de 0,51%. Apesar do movimento de sexta-feira (04/08), a moeda norte-americana fechou a semana passada com alta de 3,03%. No início da sessão, a moeda norte-americana chegou a subir ante o Real, dando continuidade ao movimento da véspera. Na máxima da sessão, o dólar foi cotado a R$ 4,92 (+0,43%).

A divulgação de novos dados de emprego nos Estados Unidos mudou o cenário. O Departamento do Trabalho informou que a economia dos Estados Unidos gerou 187 mil postos de trabalho em julho, abaixo dos 200 mil postos projetados por economistas. O setor privado gerou 172 mil vagas, ante 179 mil esperadas, enquanto o setor público abriu 15 mil novos postos. Apesar de os dados mostrarem ganhos salariais fortes, o resultado reforçou as dúvidas sobre a necessidade de mais uma elevação de juros pelo Federal Reserve este ano. Em reação, o dólar migrou para o terreno negativo, em sintonia com a perda de força da moeda norte-americana ante divisas fortes e moedas de emergentes no exterior.

No Brasil, o movimento de baixa da divisa foi intensificado pelo fato de, na véspera, o dólar ter subido quase 2%, influenciado pela decisão de política monetária do Banco Central que cortou a taxa básica Selic em 0,5%, para 13,25% ao ano. Na mínima, o dólar foi cotado a R$ 4,84 (-1,11%). Segundo o Banco Mizuho, o movimento no câmbio é exacerbado por conta da forte desvalorização que o Real teve ao longo da semana passada. Isso abriu espaço para uma realização de lucros na sexta-feira (04/08), com forte valorização do Real. No exterior, o dólar seguia em queda ante divisas fortes e em relação a moedas de emergentes ou exportadores de commodities.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,42%, a 102,020. Para a Wagner Investimentos, o índice do dólar vai cair de fato quando o mercado entender que o Fed parou de subir juros. Neste caso, o dólar vai experimentar novas mínimas ante o Real. Mas, obviamente, o Brasil passa por um processo de corte nos juros, em que a Selic estará, a princípio, em 11,75% no fim do ano. E o Fed ainda pode subir mais seus juros. Logo, pode surgir algum incômodo para o dólar cair mais. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.