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02/Aug/2023

Selic: maioria do mercado aposta em corte de 0,25%

Após um ano com a Selic parada em 13,75%, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve iniciar o ciclo de cortes dos juros básicos na reunião desta semana em uma decisão dividida, provavelmente entre uma queda de 0,25% (para 13,5%) e de 0,5% (13,25%). Se já houve divergência no colegiado no encontro de junho, a chegada dos diretores indicados pelo Planalto, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, tende a reforçar o dissenso. Se confirmada a redução da taxa, será exatamente três anos depois do último movimento de queda da Selic, para 2%, a mínima histórica, no contexto da pandemia de Covid-19. É unânime a aposta de corte da Selic nesta semana entre as 88 instituições financeiras consultadas, das quais 70% (62) esperam recuo de 0,25% e 26 projetam baixa de 0,5%.

O mercado passou a apostar em peso em um primeiro corte dos juros básicos neste mês após a ata do Copom de junho. No documento, o Banco Central informou que a maioria dos oito membros já enxergava condições para iniciar um processo "parcimonioso" de flexibilização, em caso de continuidade da queda da inflação. A concretização desse cenário, combinado com o avanço da reforma tributária, a apreciação cambial e a melhora do rating do Brasil pela Fitch, colocou uma queda maior, de 0,50%, no radar. Em uma provável decisão dividida, parece igualmente possível que a maioria prefira começar com a um movimento de 0,25% ou um corte mais agressivo (e usado com mais frequência) de 0,5%, resumiu o JPMorgan.

Segundo o Banco no Brasil, há argumentos técnicos que justificam as duas opções. Há uma desinflação mais rápida nos últimos meses muito amparada no alívio nos preços de bens. É preciso que haja também uma desaceleração do custo dos serviços de forma sustentável, o que é mais difícil, pois o mercado de trabalho está aquecido. O BV aposta em um corte de 0,25%, por "conservadorismo" do Copom. As projeções são de cortes de 0,5% nas reuniões seguintes, de setembro, novembro e dezembro. A GAP Asset projeta corte de 0,5% nesta reunião, mas a definição será muito apertada, com chance de queda de 0,25%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.