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01/Aug/2023

Índia e México devem se destacar no cenário global

Uma potência em expansão no Oriente (a Índia), próxima a outros países com crescente poder econômico (como Vietnã e Indonésia), além de uma força pujante na América Latina (o México). Nas próximas décadas, o mundo deve ver o fortalecimento de novos atores globais. Debatida e estudada por economistas de todo o mundo, essa migração tem como pano de fundo três importantes fatores: a transformação estrutural da economia chinesa, a mudança nas cadeias produtivas como herança da pandemia e os impactos da guerra na Ucrânia.

Já se observa algumas evidências de que a China é um ator menos dominante no comércio global, afirma o Citi. Os países do Sudeste Asiático, com uma estrutura de produção parecida com a chinesa, a Índia, pelo tamanho da sua população, e o México, diante da proximidade com os Estados Unidos, são candidatos a ganhar espaço no cenário mundial. Nesse novo cenário para os próximos anos, o Brasil não é visto como um dos principais beneficiados, mas, ainda assim, terá oportunidades. O País tem a seu favor uma base industrial e uma economia de escala, mas problemas já conhecidos, como alta carga tributária e deficiências em infraestrutura, impedem um ganho maior.

Além disso, segundo o Goldman Sachs, o Brasil é uma economia extraordinariamente fechada ao comércio internacional. Entre os fatores que atrapalham o Brasil, além da distância do País a um importante centro consumidor como os Estados Unidos, está o fato de o País não ter um acordo de livre comércio com os norte-americanos. Porém, outro fator pode ajudar o Brasil nos próximos anos: a transição energética. O País pode ser beneficiar da demanda global crescente por hidrogênio verde e crédito de carbono, produtos que o Brasil tem capacidade de ser um grande fornecedor. A China deve enfrentar dias mais difíceis.

A última projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que o PIB do país deve crescer 5,2% em 2023, e depois seguir com altas pouco superiores a 3% até o fim da década. A China continuará a enfrentar uma série de desafios nos próximos anos. O desemprego entre jovens continua alto, o país está envelhecendo rapidamente, as incertezas para o setor imobiliário são persistentes e as tensões geopolíticas são uma preocupação para as empresas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.