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31/Jul/2023

Dólar fecha em baixa alinhado ao mercado externo

O dólar fechou em queda ante o Real na sexta-feira (28/07), acumulando baixa firme na semana passada, com as cotações reagindo ao cenário externo, onde a moeda norte-americana também cedia, e a ajustes de posições no mercado de Depósitos Interfinanceiros (DIs), com investidores à espera do Copom nesta semana. O dólar fechou a R$ 4,73, com baixa de 0,58%. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,01%. O dólar cedeu ante o Real durante toda a sessão. Pela manhã, a moeda marcou a cotação mínima de R$ 4,69 (-1,32%), sob influência do exterior e de fatores internos. Segundo a Ebury, após as decisões mais recentes de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central Europeu (BCE), os mercados passaram a se focar em um cenário de maior aceleração da economia global e desaceleração da inflação.

Uma fala importante do chair do Fed, Jerome Powell e que se refletiu na sexta-feira (28/07) e provavelmente nos próximos meses é a de que o cenário de recessão não é mais o cenário base das autoridades. Isso faz com que o ambiente de risco global seja melhor e, somado à desaceleração da inflação nas principais economias, o cenário é muito positivo para as moedas commodities. O Fed não prevê mais uma recessão nos Estados Unidos. Na sexta-feira (28/07), novos dados dos Estados Unidos reforçaram a leitura de que a inflação está desacelerando. O Departamento de Comércio informou que a inflação medida pelo índice PCE subiu 0,2% no mês passado, após avanço de 0,1% em maio. Nos 12 meses até junho, o índice avançou 3,0%, taxa mais fraca nessa base de comparação desde março de 2021 e após aumento de 3,8% em maio. No Brasil, a alta das taxas dos contratos futuros de juros na ponta curta, com investidores reduzindo a probabilidade, implícita na curva, de corte de 0,50% da taxa básica Selic nesta semana, contribuiu para a queda do dólar ante o Real Porém, a moeda norte-americana reduziu as perdas, com alguns participantes do mercado aproveitando as cotações mais baixas para comprar divisas.

A disputa pela Ptax de fim de mês, a ser definida nesta segunda-feira (31/07), começou a permear os negócios. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). No exterior, o dólar se mantinha em leve baixa ante uma cesta de moedas fortes e recuava ante boa parte das divisas de países emergentes ou ligados a commodities. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,05%, a 101,640. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.