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31/Jul/2023

Desemprego recua no trimestre encerrado em junho

De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (28/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,0% no trimestre encerrado em junho. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 9,3%. No trimestre móvel até maio, a taxa de desocupação estava em 8,3%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.921,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 6,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 284,148 bilhões no trimestre encerrado em junho, alta de 7,2% ante igual período do ano passado. O País registrou uma abertura de 1,085 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 98,91 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho. Em um ano, esse contingente aumentou em 641 mil pessoas.

A população desocupada diminuiu em 785 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,647 milhões de desempregados no trimestre até junho. Em um ano, 1,433 milhão de pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 67,051 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho, 79 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 2,332 milhões de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) passou de 56,40% no trimestre encerrado em maio para 56,60% no trimestre até junho. No trimestre terminado em junho de 2022, o nível da ocupação era de 56,80%. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,20% no trimestre até junho, ante 5,10% no trimestre até março. Em todo o Brasil, há 5,133 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até março para o trimestre até junho, houve um aumento de 120 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 1,436 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. No trimestre terminado em junho, faltou trabalho para 20,35 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 18,9% no trimestre até março de 2023 para 17,8% no trimestre até junho. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a de subocupação por insuficiência de horas e a da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. Há um ano, no trimestre terminado em junho de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 21,2%.

A população subutilizada caiu 5,7% ante o trimestre até março, 1,22 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até junho de 2022, houve um recuo de 17,7%, menos 4,38 milhões de pessoas. No trimestre terminado em junho, faltou trabalho para 20,351 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 18,90% no trimestre até março para 17,80% no trimestre até junho. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até junho de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 21,20%. A população subutilizada subiu 2,40% ante o trimestre até março, 120 mil pessoas a mais. Em relação ao trimestre até junho de 2022, houve um recuo de 21,90%, menos 1,436 milhão de pessoas.

O Brasil registrou 3,7 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho. O resultado significa 199 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em março, um recuo de 5,10%. Em um ano, 593 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 13,90%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O trimestre encerrado em junho mostrou uma abertura de 85 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em março. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 991 mil vagas foram criadas no setor privado.

O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 36,773 milhões de trabalhadores no trimestre até junho, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,109 milhões de pessoas, 303 mil a mais do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até junho de 2022, foram criadas 66 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 30 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,223 milhões de trabalhadores. O resultado representa 491 mil pessoas a menos trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de empregadores aumentou em 12 mil em um trimestre, para 4,17 milhões de pessoas. Em relação a junho de 2022, o total de empregadores é negativo em 1,60%, número que representa um recuo de 67 mil empregadores. O País teve um aumento de 150 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,847 milhões de pessoas.

O resultado representa queda de 8 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior. O setor público teve 445 mil pessoas a mais no trimestre terminado em junho ante o trimestre encerrado em março, para um total de 12,23 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até junho de 2022, foram abertas 365 mil vagas. O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 39,20% no mercado de trabalho no trimestre até junho. O Brasil alcançou 38,734 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais 616 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. Foram geradas 1,085 milhão de vagas no período. A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 18,986 bilhões no período de um ano, para R$ 284,148 bilhões, uma alta de 7,20% no trimestre encerrado em junho ante o trimestre terminado em junho de 2022. Na comparação com o trimestre terminado em maio, a massa de renda real subiu 1,0%, com R$ 2,818 bilhões a mais. A queda de 8,3% no número de pessoas desempregadas no segundo trimestre em comparação aos três primeiros meses do ano se deve à sazonalidade do mercado de trabalho.

A população desocupada no Brasil desceu à 8,6 milhões, 785 mil a menos do que nos três primeiros meses do ano e 1,4 milhão a menos que um ano atrás (14,2%). Essa redução se deve à retomada de contratações após o movimento tradicional de dispensa de pessoas com contratos temporários de fim de ano, que aconteceu nos primeiros três meses de 2023. O movimento reforça a volta à normalidade no mercado de trabalho em 2023, após a desconfiguração verificada durante os anos da pandemia de Covid-19. No retrospecto recente, os primeiros trimestres são seguidos de queda (na população desocupada). Isso ocorre em todos os anos de 2017 a 2019, e na pandemia (esse movimento) é desconfigurado. Antes, em 2015 e 2016, isso não acontece devido às dificuldades da economia naquele momento. A taxa de desocupação foi de 8,0% no trimestre encerrado em junho, o menor resultado para o período desde 2014. Houve redução de 0,8% frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março. Na comparação com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), o índice teve queda de 1,3%. A maior parte dos 10 grupos de atividades monitorados pelo IBGE mostrou estabilidade no número de empregos.

O único destaque na geração de empregos no trimestre terminado em junho foi o grupo Administração Pública, Saúde e Educação, cujo número de empregos subiu 4,2% ante os três meses até março, o equivalente a mais 716 mil vagas. Com isso, o grupo fechou o segundo trimestre com 17,88 milhões de pessoas em suas fileiras. Ante um ano atrás, o crescimento foi de 4,6% ou mais 793 mil empregos. Essa alta de empregos da administração pública, educação e saúde segue um padrão sazonal de retomada de vagas após dispensa de temporários no início do ano. Os principais vetores dentro desse grupo, acrescentou ela, foram as atividades de Saúde e Educação. Destaque para o contingente expressivo de contratados temporariamente no setor público, sobretudo nas áreas de educação e saúde de prefeituras, que cai no início do ano e se recompõe nos trimestres seguintes. Depois, a atividade que mais gerou empregos proporcionalmente, mas ainda assim ficou dentro da estabilidade, foram os serviços domésticos, com avanço de 2,4% ou 136 mil vagas em junho ante março, o que levou o contingente empregado para 5,87 milhões.

Com relação ao mesmo período do ano passado, porém, serviços domésticos tiveram ligeira queda de 0,3%, o equivalente a menos 20 mil vagas. Entre as demais atividades, três oscilaram levemente para baixo, enquanto outras cinco oscilaram para cima. Entre as que viram expansão no número de postos de trabalho ante o primeiro trimestre, figuram Agricultura, com alta de 0,7% para um total de 8,3 milhões; Indústria, com alta de 0,9% para 12,7 milhões; Alojamento e Alimentação, com alta de 1,9% para 5,5 milhões; Informação e Comunicação, com avanço de 0,1% para um total de 12 milhões; e "Outros serviços", que avançou 1,6% na margem para 5,2 milhões de empregados. As atividades que perderam postos de trabalho no segundo trimestre, foram: Construção, com recuo de 0,2%, perda de 11 mil vagas para um total de 7,1 milhões; Comércio, com retração de 0,5% ou menos 85 mil vagas para um novo total de 18,8 milhões; e Transporte, com recuo de 0,7% ou 36 mil vagas para 5,3 milhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.