28/Jul/2023

Na véspera do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, defendeu que a hidrelétrica binacional de Itaipu, no Rio Paraná, torne-se uma fonte de desenvolvimento a ambos os países nas próximas décadas. Eleito ao cargo em 30 de abril, o economista de 44 anos vai assumir a presidência do Paraguai em 15 de agosto. Ele voltou ao Brasil nesta semana para uma agenda que, além do encontro de com o presidente Lula nesta sexta-feira (28/07), inclui reuniões com empresários e autoridades.

Um de seus primeiros compromissos será negociar os termos da revisão do tratado de Itaipu, assinado em 1973. Brasil e Paraguai têm, cada um, direito a 50% da energia gerada por Itaipu, mas o Paraguai não consome toda a produção. Assim, vende o excedente para o Brasil. O Paraguai quer ter autonomia para vender a energia excedente a outros países ou negociar o preço cobrado do Brasil. Peña negou um impasse, mas adiantou que não espera uma decisão no terceiro encontro que terá com Lula desde a sua eleição. Peña afirmou que, ao invés de baixar a tarifa da energia, o ideal é gerar desenvolvimento por meio de um fundo de investimento binacional.

O retorno do investimento vai ser muito maior do que o retorno de uma pequena queda no preço da energia. A energia de Itaipu já é a mais barata do mercado. O presidente eleito do Paraguai expressou ainda que está decidido a levar a parceria com o Brasil a um patamar nunca antes visto na história dos dois países. Ele pontuou que a lembrança das relações bilaterais nos governos anteriores de Lula é positiva, e aposta numa relação muito boa não apenas com o governo federal, mas também com governos regionais, além do setor privado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.