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27/Jul/2023

Dólar recua com Fed e melhora no rating do Brasil

O dólar recuou 0,46% em relação ao Real nesta quarta-feira (26/07) e fechou a R$ 4,72, a nova mínima do ano no fechamento e o menor nível desde 20 de abril de 2022 (R$ 4,62). A queda refletiu o otimismo do mercado com a perspectiva de que o aumento de 25 pontos-base nos juros norte-americanos anunciado nesta quarta-feira (26/07) tenha marcado o fim do ciclo de aperto, além da melhora do rating brasileiro pela Fitch, de BB- para BB. Essa combinação de fatores manteve a moeda norte-americana em queda em relação ao Real ao longo de quase todo o pregão, exceto por uma leve alta no início da sessão, quando tocou a máxima de R$ 4,75 (+0,07%). Na mínima, recuou até R$ 4,72 (-0,57%).

A melhora do rating brasileiro firmou a divisa norte-americana em queda ante o Real, mas foi na etapa vespertina do pregão que o movimento se aprofundou, após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Em linha com o esperado pelo mercado, o Fed aumentou os juros em 25 pontos-base, à faixa de 5,25%-5,50%, e não sinalizou um novo aumento iminente nas taxas. O presidente do Fed, Jerome Powell, optou por não descartar, mas também não cravar, a chance de uma nova alta de juros em setembro, o que animou a ala do mercado que acredita que o aumento de juros desta quarta-feira (26/07) tenha marcado o fim do ciclo de aperto. Powell afirmou que as próximas decisões vão depender de dados e considerou que elevar os juros até que a inflação volte à meta seria uma estratégia errada.

Segundo a Frente Corretora, Powell não traçou um viés de alta, só falou que iria analisar os dados. E, só de não traçar um viés, o mercado entende que não haverá mais subidas de juros, tanto que isso causou uma queda do dólar contra outras moedas fortes. Para o Travelex Bank, a decisão do Fed acabou servindo como um "não-evento" na sessão, uma vez que a alta de 25 pontos-base ficou em linha com o esperado e que as declarações de Powell deram poucas pistas sobre o futuro da política monetária. Isso, combinado à melhora do rating brasileiro, abriu espaço para valorização do Real. A verdade é que, sem notícias ruins da economia internacional, a tendência é de queda no dólar, caindo até um nível perto de R$ 4,70.

A melhora do rating brasileiro pela Fitch pode ter um efeito positivo para os ativos brasileiros, embora ele deva ser limitado, uma vez que o País continua distante do grau de investimento, que é mais atrativo para investidores institucionais. A Frente Corretora afirma que o aumento da nota de crédito soberano do País pode resultar na atração de mais investimentos estrangeiros. O mais provável é que o dólar se mantenha em torno de R$ 4,75 enquanto o mercado aguarda não apenas a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do dia 2 de agosto, mas também a retomada da agenda legislativa a partir de 1º de agosto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.