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26/Jul/2023

Dólar sobe com movimento de realização de lucros

Após atingir na véspera o menor valor em 15 meses, o dólar passou nesta terça-feira (25/07) por uma sessão de realização de lucros e fechou em alta, com investidores ponderando a perspectiva de corte de juros no Brasil e aumento nos Estados Unidos, nas próximas reuniões de política monetária. O dólar fechou a R$ 4,75, com alta de 0,38%. No início da sessão, a moeda norte-americana chegou a oscilar no terreno negativo no Brasil, dando continuidade ao movimento da véspera, mas a divisa acabou migrando para o positivo, com alguns investidores realizando lucros e refazendo posições compradas no mercado futuro (no sentido de alta para as cotações). Segundo a FB Capital, na segunda-feira (24/07), houve uma valorização forte das commodities, principalmente dos grãos e do petróleo, e todas as moedas ligadas a estes produtos estavam subindo. Foi o caso do Real, do rublo, do peso colombiano e do rand sul-africano.

Nesta terça-feira (25/07), o mercado testou uma mínima abaixo do suporte de R$ 4,72, o que chamou importadores para os negócios e provocou um movimento de realização. Após registrar a mínima de R$ 4,71 (-0,35%), o dólar escalou até a máxima de R$ 4,76 (+0,58%). Depois disso, oscilou em margens mais estreitas. Após o movimento de realização, investidores seguraram posições, à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), nesta quarta-feira (26/07), e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no dia 2 de agosto. A perspectiva é de que o Fed eleve sua taxa de juros em 0,25%, enquanto o Copom reduza a taxa básica Selic em 0,25% ou 0,50%. Na curva a termo brasileira, a precificação majoritária é para corte de 0,5%. Se estes movimentos se confirmarem, em tese o diferencial de juros para o Brasil se tornará mais baixo, o que deixa o País menos atrativo ao capital externo.

No entanto, ainda que o diferencial de juros menor sugira um dólar mais elevado, a tendência geral das cotações é de queda. Para a Manchester Investimentos. o mercado rompeu uma região de resistência para o dólar, que era perto dos R$ 4,78. Então, tem um movimento natural de correção. Mas, se continuar o cenário favorável no Brasil, o dólar pode chegar nos R$ 4,60, talvez até nos R$ 4,50. O avanço dos preços das commodities no exterior e o cenário econômico mais favorável no Brasil, após aprovação de projetos do governo nas duas Casas do Congresso, são fatores favoráveis ao Real. No exterior, o dólar sustentava leves perdas ante as moedas fortes e tinha movimentos mistos ante as demais divisas. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,14%, a 101,270. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.