26/Jul/2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a demonstrar maior otimismo com a economia brasileira no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O organismo espera que o PIB do Brasil cresça 2,1% neste ano, acima da sua estimativa anterior e que apontava alta de 1,2%, conforme o relatório “Perspectiva Econômica Mundial”, publicado nesta terça-feira (25/07). Ainda assim, o País crescerá abaixo do ritmo do ano anterior, de 2,9%, bem como de economias emergentes e desenvolvimento. Para 2024, contudo, há novo corte na estimativa. Agora, vê a economia brasileira crescendo 1,2% contra expansão de 1,4%, revisada em maio, após o FMI concluir missão no País. Em abril, a estimativa era de avanço de 1,5%.

A melhora na visão do FMI para 2023 vem a reboque do desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre, que avançou 1,9%, bem acima do consenso de mercado, com impulso do setor de agronegócios. O efeito estatístico acumulado à frente indica que a economia brasileira cresceria 2,4% mesmo que permanecesse estável no resto do ano. Mas, ainda que alcance as projeções, o Brasil deve ficar na “lanterna” do crescimento estimado para economias emergentes e em desenvolvimento, que devem ter alta de 4,0% em média neste ano. O País perde somente para a Rússia, cujo PIB deve avançar 1,5% neste ano, impactado pela continuidade da guerra na Ucrânia. Os grandes destaques serão Índia, com alta de 6,1%, e China, com expansão de 5,2%. A projeção indica, contudo, que o primeiro ano do governo Lula pode superar o de seu antecessor. Em 2019, o PIB brasileiro avançou 1,2%. A nova projeção indica avanço de 2,1% neste ano.

No mês passado, o presidente Lula voltou a criticar o FMI e disse que suas estimativas estavam equivocadas. A melhora no crescimento previsto para o Brasil ajuda a impulsionar a América Latina e o Caribe neste ano. A região deve crescer 1,9% neste ano contra 1,6% anteriormente. A revisão para cima para 2023 reflete um crescimento mais forte do que o esperado no Brasil dado o aumento da produção agrícola no primeiro trimestre de 2023, com repercussões positivas na atividade de serviços. O FMI vê a inflação no Brasil convergindo para a meta gradualmente após o Banco Central brasileiro ter sido um dos primeiros a subir os juros no processo de aperto monetário global. O Brasil foi um dos primeiros países a aumentar as taxas e a inflação está caindo, o núcleo está mais resistente, e a inflação deve convergir gradativamente para a meta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.