ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Jul/2023

Dólar atinge menor patamar em 15 meses no Brasil

O dólar registrou queda firme ante o Real nesta segunda-feira (24/07), em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante as demais divisas de países exportadores de commodities e com as cotações perdendo suporte técnico importante no Brasil, encerrando no menor patamar em 15 meses. O dólar fechou a R$ 4,73, com baixa de 0,98%. Esta é a menor cotação de fechamento para a moeda dos Estados Unidos desde o dia 20 de abril de 2022, quando estava em R$ 4,61. No início da sessão, o dólar chegou a oscilar no território positivo no Brasil, mas rapidamente migrou para o negativo, acompanhando o movimento externo. O dia no exterior foi de certo otimismo, com os índices de ações sustentando leves ganhos nos Estados Unidos e o dólar em queda ante divisas mais fracas. Internamente, o movimento foi amplificado pela disparada de ordens de venda quando o dólar atingiu certos patamares técnicos. Segundo a Wagner Investimentos, o dólar oscilou entre R$ 4,75 e R$ 4,80 por cerca de 30 dias, mas este nível está ficando para trás, porque a tendência é de baixa.

O dólar está voltando para a mínima do ano passado, que é perto de R$ 4,65. É preciso observar se conseguirá superar este novo patamar. Houve impulso adicional de queda, com ordens de stop (parada de perdas) sendo disparadas, quando o dólar para agosto (o vencimento mais próximo entre os contratos futuros) se aproximou dos R$ 4,74 nesta segunda-feira (24/07). Segundo a Commcor DTVM, o câmbio ficou muito tempo ensaiando a perda dos R$ 4,80. A divisa finalmente rompeu este patamar em sintonia com o exterior, onde há uma leitura cada vez mais consolidada sobre o fim do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos e na Europa. Na mínima da sessão, o dólar foi cotado a R$ 4,72 (-1,17%). Depois disso, a divisa se recuperou um pouco, mas ainda fechou com queda firme. Como cenário para o movimento desta segunda-feira (24/07), a crise relacionada ao transporte de grãos no Mar Morto, que envolve Ucrânia e Rússia, está longe de terminar.

Este fator, somado à seca nos Estados Unidos que afeta commodities como milho e soja (produtos de exportação do Brasil), tem dado suporte aos preços das commodities agrícolas, o que favorece divisas como o Real, em detrimento do dólar. A Rússia destruiu armazéns de grãos ucranianos no Rio Danúbio, em um ataque de drones. Além disso, investidores no Brasil aguardam pela divulgação nesta terça-feira (25/07) do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de julho e pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira (26/07). O dólar se mantinha em queda ante boa parte das divisas de exportadores de commodities, mas subia ante uma cesta de moedas, após o euro ser penalizado por números industriais ruins. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,30%, a 101,390. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.