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24/Jul/2023

Dólar recua na contramão do movimento externo

O dólar fechou a sexta-feira (21/07) em queda ante o Real em meio a um movimento de venda da moeda norte-americana por exportadores e a um fluxo de recursos, enquanto no exterior a divisa dos Estados Unidos se mantinha em alta ante a maior parte das demais. O dólar fechou a R$ 4,77, com baixa de 0,45%. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,33%. No início da sessão, o dólar chegou a marcar a máxima de R$ 4,82 (+0,51%), dando continuidade ao movimento da véspera e se mantendo em sintonia com o exterior, onde o sinal também era positivo.

Com a moeda na faixa dos R$ 4,82, no entanto, exportadores aproveitaram para vender divisas, o que pesou sobre as cotações. Além disso, investidores estrangeiros internalizaram recursos, o que reforçou o viés negativo para a moeda norte-americana. Segundo o Transferbank, o Brasil ainda mantém um carrego elevado de juros, que tende a manter o fluxo positivo de dólares. Há uma boa entrada de fluxo investidor estrangeiro há alguns dias, porque o carrego do Real ainda é muito bom. Enquanto o juro do Brasil não estiver em baixa, enquanto a Selic não estiver em um dígito, o que não deve acontecer tão cedo, tem uma janela para ficar apostado em Real.

A sexta-feira (21/07) foi de agenda esvaziada no exterior e no Brasil, o que deixou os mercados sem fatos novos para operar. No Brasil, o Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério da Fazenda divulgaram o relatório bimestral de receitas e despesas, com as novas projeções para a área fiscal em 2023. O governo passou a projetar déficit primário de R$ 145,4 bilhões este ano, o equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado pior que os R$ 136,2 bilhões de rombo previstos em maio. Apesar do resultado, a meta fiscal autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023 é de um déficit de R$ 238 bilhões e o governo se mantém abaixo dela.

Os números não fizeram preço no mercado de câmbio. No exterior, o dólar se mantinha em alta ante as moedas fortes e em relação à maior parte das divisas de países exportadores de commodities ou emergentes. O Real brasileiro era uma exceção. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,28%, a 101,050. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.