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19/Jul/2023

Créditos de Carbono: Brasil gera 1% da capacidade

Um estudo da McKinsey, realizado em setembro do ano passado, revelou que o Brasil ainda gera menos de 1% da sua capacidade anual de créditos de carbono. E isso ainda ocorre principalmente em razão dos projetos de conservação e de geração de energia a partir de resíduos. Dessa forma, a atividade de reflorestamento abrirá um novo espaço de expansão e de geração de receitas. Cerca de 80% do potencial brasileiro está na restauração florestal, projetos geradores do que são considerados créditos de alta qualidade, por terem benefícios associados, como a recuperação da biodiversidade, e de impacto social para as comunidades locais. Projetos que realmente são sustentáveis e positivos podem receber preços maiores para seus créditos, segundo o BTG Timberland Investment Group. A demanda por eles deve explodir.

Segundo a McKinsey, das 80 principais empresas atuando no País, 77% já haviam publicado alguma meta de redução de emissões, até o ano passado. À medida que mais empresas entram em ação para cumprir as suas promessas, o mercado de crédito de carbono voluntário se acelera. Segundo a Fundação Dom Cabral, muitos executivos têm hoje remuneração financeira por bônus atrelada a emissões de gás carbônico. Isso muda toda a motivação para que se engajem em combater a mudança climática. Ao mesmo tempo que as transações livres entre empresas evoluem, espera-se que o mercado regulado também ajude a trazer mais negócios. Para o Brasil, a expectativa é de que ocorra logo a criação da regulação do mercado de crédito de carbono, que teve as suas linhas gerais apresentadas na semana passada, num esforço coordenado envolvendo dez ministérios.

Internacionalmente, certificados e padrões globais devem ser estabelecidos, o que vai permitir a compra de créditos gerados em outros países, o que deve beneficiar o Brasil. Com a demanda global crescente, o preço do crédito de carbono tende a aumentar bastante se a oferta não conseguir acompanhar a tendência na mesma velocidade. Isso pode até estimular o agronegócio a atuar com a integração entre lavoura, pecuária e floresta, já que os três negócios podem passar a trazer rendimentos comparáveis. Segundo a re.green, apesar do imenso potencial brasileiro, há também desafios locais. Um deles é a dificuldade de regularização fundiária em certas regiões, como na Amazônia. É preciso muito cuidado para garantir que a propriedade não será contestada, ou que o vendedor da área assumiu a região de forma legal. A re.green trabalha de forma muito cautelosa, sempre com a assessoria jurídica acompanhando tudo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.