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18/Jul/2023

Dólar sobe com dados fracos da economia chinesa

O dólar fechou em alta ante o Real pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira (17/07), sob influência do exterior, onde as divisas de países exportadores de commodities perderam força com a divulgação de dados econômicos fracos da China, um dos maiores importadores de matérias-primas do mundo. O dólar fechou a R$ 4,80, com alta de 0,25%. A moeda norte-americana se manteve no território positivo durante todo o dia. Logo cedo, o mercado de câmbio foi influenciado pela divulgação dos dados mais recentes da economia chinesa. O Departamento Nacional de Estatísticas da China informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 0,8% entre abril e junho em relação ao trimestre anterior, em uma base com ajuste sazonal. A expectativa dos analistas era de expansão de 0,5%, depois de um crescimento de 2,2% no primeiro trimestre. Na comparação anual, o PIB cresceu 6,3% no segundo trimestre, ante 4,5% nos três primeiros meses do ano, mas bem abaixo da previsão de 7,3%.

Dados de junho, divulgados juntamente com os números do PIB, mostraram que as vendas no varejo da China cresceram 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando acentuadamente em relação ao salto de 12,7% em maio. O investimento privado em ativos fixos na China encolheu 0,2% nos primeiros seis meses do ano, em forte contraste com o crescimento de 8,1% no investimento de entidades estatais, sugerindo fraqueza da confiança empresarial privada. Esses números voltaram a colocar em dúvida a recuperação da China após a crise causada pela pandemia de Covid-19. Em reação, ativos de países exportadores de commodities, como o Real brasileiro e o peso chileno, foram penalizados. Na cotação máxima da sessão, o dólar atingiu R$ 4,85 (+1,16%). A partir daí, como vem ocorrendo em sessões mais recentes, a moeda norte-americana voltou a perder um pouco de força, com alguns participantes do mercado aproveitando as cotações mais elevadas para vender divisas. A perda de força do dólar no exterior contribuiu para que as cotações no Brasil voltassem a níveis mais próximos dos R$ 4,80 no mercado à vista.

Com a chegada do recesso parlamentar, também há uma calmaria maior nos negócios no Brasil. A divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), que fez preço no mercado de juros, chegou a contribuir para a alta mais forte do dólar ante o Real pela manhã, em meio a certo mal-estar com o resultado, mas a influência do exterior acabou se sobressaindo. O IBC-Br recuou 2,0% em maio em relação ao mês anterior. A queda foi a mais intensa desde março de 2021 (-3,5%) e foi bem pior que a expectativa de economistas. No fim da tarde, o dólar sustentava leves perdas ante moedas fortes no exterior e seguia em alta ante algumas divisas de exportadores de commodities. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,06%, a 99,904. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.