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14/Jul/2023

Plano Safra 2023/2024 poderá ser suplementado

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Plano Safra vai se adequando às demandas do mercado e já chegou a quase R$ 500 bilhões em recursos, com aportes recentes para agricultura familiar e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "O Plano Safra é vivo", salientou Fávaro ao ser questionado sobre eventual esgotamento dos recursos antes da próxima temporada. O montante citado pelo ministro refere-se aos R$ 365 bilhões destinados à agricultura empresarial, R$ 71 bilhões voltados à agricultura familiar, R$ 6 bilhões de acréscimo para agricultura familiar, que somaram aproximadamente R$ 441 bilhões em cifra total para o ciclo agrícola 2023/2024.

Além desta verba, o BNDES anunciou R$ 38 bilhões em linhas de crédito dolarizadas voltadas ao setor. Chegando a quase meio trilhão de Reais. Na medida que houver necessidade, como já foi feito no primeiro semestre, ainda recompondo plano safra do ano passado, o governo fará novamente porque é prioridade do presidente Lula investir na agropecuária. Segundo Fávaro, os recursos do Plano Safra 2023/2024, anunciado no fim de junho, já estão sendo desembolsados ao produtor rural. O crédito já está disponível para que o produtor em momento de preços achatados de commodities, o que pode trazer incerteza sobre o custeio da safra, pode buscar custeio rápido, na hora certa e se tranquilizar de que poderá plantar na hora certa. É um plano safra recorde e com recursos na hora certa.

De acordo com o ministro, há negociações em andamento com o Ministério da Fazenda para aumento do orçamento para subvenção ao seguro rural e para medidas de apoio à comercialização. Sobre o seguro rural, Fávaro disse que, se possível, se chegará em R$ 2 bilhões. Ele relatou que o primeiro foco das pastas foi a liberação de recursos no momento adequado ao produtor para compra de insumos. O governo Lula construiu o maior Plano Safra da história e vai construir um bom ajuste para seguro rural também, se possível chegando a R$ 2 bilhões, antecipou Fávaro. Para políticas de comercialização, o pedido do Ministério da Agricultura é de R$ 5,5 bilhões.

Se a compra pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de 500 mil toneladas de milho para retomada dos estoques públicos não for suficiente, está prevista negociação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumento de recursos disponíveis para comercialização. No ano passado foi R$ 1,6 bilhão. Neste ano, foi negociado R$ 5,55 bilhões para, à medida que seja necessário, fazer política pública e garantir o Preço Mínimo ao produtor. O ministro falou também sobre a necessidade de investimento em infraestrutura para escoamento e armazenagem da safra agrícola.

Ele lembrou que a produção agrícola brasileira supera 1 bilhão de toneladas de alimentos, somando 318 milhões de toneladas de grãos, 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, além de milhões de toneladas de carnes, frutas leguminosas, etanol e biodiesel. O principal desafio a ser superado é infraestrutura logística para dar fluidez a tudo isso. Nos últimos anos, se parou de investir em infraestrutura e em armazenagem. O País não tem armazém para todo esse volume e há safra em céu aberto. Por isso, o governo começou a retomada dos recursos para programa de armazéns com 80% mais recursos disponíveis para equipamentos até 6 mil toneladas e 60% mais para armazéns maiores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.