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14/Jul/2023

Municípios do agronegócio estão à frente dos demais

No mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um destaque para o crescimento dos municípios agropecuários, especialmente em contraste com o restante do Brasil. Não é propriamente uma novidade que o agronegócio vem transformando o País de maneira positiva, especialmente em termos de emprego, renda e acesso à infraestrutura. Esses que são gargalos históricos de desenvolvimento do Brasil. Esse processo tem sido de extrema importância para dar dignidade às populações locais, tirar pessoas debaixo da linha da pobreza e reduzir a desigualdade. Inclusive, também, atrair uma nova onda de imigrantes com a oferta de oportunidade de emprego. Em Mato Grosso, por exemplo, em cidades como Campo Novo do Parecis, Sapezal e Sorriso, existe um movimento migratório muito forte de milhares de trabalhadores que saem da Bahia, Maranhão, norte de Minas Gerais, e de outros locais, que sempre apresentam renda per capita baixa do que nessas regiões de Mato Grosso, por exemplo.

São pessoas em busca de empregos e de oportunidades, e um dos sintomas de que isso de fato está acontecendo no Estado é que áreas rurais são transformadas em loteamentos imobiliários para que as cidades possam se expandir e acomodar essas pessoas. Outro forte indicador, que corrobora com a tese, é o fato de que as Regiões Centro-Oeste o Norte, que são as fronteiras agrícolas mais recentes, foram as únicas com aumento populacional maior do que a média nacional. Elas cresceram 1,23% e 0,75%, respectivamente, em comparação com 0,52% de crescimento no restante do País. Outro ponto de importância é o crescimento da riqueza nessas regiões. Em 16 anos, os PIBs de Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Rondônia cresceram em ritmo muito superior ao de vários Estados e mais do que o dobro em relação à média de São Paulo. Hoje, 25% do PIB brasileiro vem diretamente do agronegócio.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a renda média per capita do trabalho na Região Centro-Oeste é a maior do País e a desigualdade é relativamente baixa nessas regiões onde o agronegócio se desenvolveu acima da média. Para afirmar isso, consideremos o índice de Gini, que é expresso de 0 a 1, quanto mais baixo ele for menor a desigualdade. Assim, a Região Centro-Oeste se tornou a segunda menos desigual do País, com fator de 0,57, atrás apenas da Região Sul, com 0,54, onde a atividade agrícola está na base há muitas décadas. O coeficiente da Região Centro-Oeste é melhor do que o observado na Região Sudeste, que é de 0,59 (uma região mais rica), e bem melhor do que nas Regiões Norte e Nordeste, que vem com 0,61 e 0,67, respectivamente. De fato, o agronegócio leva o desenvolvimento onde prospera e, principalmente, leva reflexo sociais extremamente positivos para o País. Fonte: Forbese. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.