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12/Jul/2023

EUA: IA leva Bolsa dos EUA a alta recorde de 32%

O boom de apostas em torno do setor de inteligência artificial (IA) após o advento do ChatGPT levou a Nasdaq, Bolsa que concentra os grandes nomes da tecnologia, ao melhor desempenho semestral desde a década de 1980. No primeiro semestre, o Nasdaq acumulou ganhos de 32%, no melhor resultado em 40 anos. Tamanho furor permitiu à Nvidia, fabricante de chips para IA e para jogos, entrar para o seleto grupo de companhias que valem US$ 1 trilhão (R$ 4,8 trilhões), e ganhar força para a corrida que este setor deve vivenciar na próxima década, e que tem competidores de peso como Microsoft, Google e Samsung, entre outros. A expectativa é de que o momento de alta no setor de tecnologia deve não apenas continuar, mas ficar ainda mais forte nos próximos meses, devido às expectativas em torno da revolução que a IA pode causar. O ChatGPT e a IA levarão a uma revolução de produtividade, apoiando os lucros da empresa agora e no futuro, projeta o UBS Wealth Management, braço que administra grandes fortunas do banco suíço.

O S&P 500, índice que reúne as maiores empresas listadas dos Estados Unidos, também foi contaminado pelo efeito ChatGPT e IA Generativa. O índice acumulou ganhos de 15,9% no primeiro semestre, o melhor desempenho para o período desde 2019. Sem o furor da inteligência artificial, tal desempenho cairia para um dígito. Apesar do temor quanto aos efeitos no mercado de trabalho, entre outras dúvidas, a leitura é de que a IA é uma tecnologia transformadora e com potencial de monetização em diferentes segmentos. Fundada em 1993 em Santa Clara, nos Estados Unidos, a Nvidia é um exemplo desse poder de transformação. Os chips que ela produz são líderes no processamento de cálculos complexos, base do uso da inteligência artificial. O salto da fabricante desencadeou uma busca desenfreada por investidores, analistas e operadores para a "próxima Nvidia". Estimativas do braço de grandes fortunas do UBS sugerem que o mercado de IA Generativa dará um salto de menos de US$ 1 bilhão para US$ 3 bilhões nos próximos três anos.

Depois de lamentar não ter entrado nas ações da empresa antes, o time de tech do Itaú BBA dedicou os últimos meses a estudar o setor de IA. Desde o início de dezembro, quando a OpenAI lançou seu ‘aplicativo matador’ ChatGPT, os investidores estão com pressa para entender as consequências dessa nova ferramenta. Quem colhe os primeiros louros sempre que uma nova tecnologia se torna popular geralmente está no nível da infraestrutura, caso de fabricantes de semicondutores e hardware (equipamentos). Em Wall Street, o nome visto como o mais bem posicionado para triunfar com o boom da IA é o da gigante Microsoft. No ano, suas ações acumulam ganhos de mais de 40% na Nasdaq, garantindo com folga o segundo lugar em maior valor de mercado, com US$ 2,5 trilhões, atrás somente da Apple, que acaba de cruzar a fronteira dos US$ 3 trilhões. A Microsoft estará na pole position quando a corrida da inteligência artificial Generativa começar, escreveu o Morgan Stanley, em relatório intitulado "O próximo US$ 1 trilhão - Estruturas para monetizar a IA".

A empresa é a principal escolha do banco norte-americano entre empresas de grande capitalização no segmento de software e elevou o preço-alvo de US$ 335,00 para US$ 415,00. Atualmente, as ações da Microsoft são negociadas em torno de US$ 340,00, o que abre um potencial de mais de 20% de alta no próximo ano. A principal pergunta é se o entusiasmo pela IA se justifica na própria tecnologia. A resposta é curta: sim. É uma tecnologia fundamental, transformadora, que agora está provando que tem aplicações comerciais no mundo real. No entanto, como qualquer investimento, há riscos. O mais significativo no horizonte é o geopolítico, alerta o Itaú BBA. A relação diplomática entre os Estados Unidos e a China é o principal exemplo. O Wall Street Journal revelou que o presidente Joe Biden considera impor novas restrições às exportações de chips de IA para a China em resposta à última ofensiva do país asiático na guerra dos semicondutores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.