05/Jul/2023

Segundo projeção da MacroSector, a receita agrícola brasileira deve cair 4% em relação à de 2022, para R$ 804,9 bilhões. O principal motivo para o recuo é o preço internacional dos grãos. Em contrapartida, a baixa deve ser contida pelos preços internacionais de importantes produtos de lavouras permanentes, como açúcar, laranja e fumo, que tendem a se sustentar em bom nível. Segundo a previsão, a receita gerada pelas vendas de soja deve somar R$ 332 bilhões e a de milho R$ 121,1 bilhões. A de cana-de-açúcar deve gerar R$ 85,4 bilhões, a de laranja R$ 47,5 bilhões e a de fumo R$ 16,6 bilhões, representando crescimento, respectivamente, de 10%, 20% e 37%.

Em contrapartida, a MacroSector prevê uma queda de 9% na receita com café, esperada em R$ 44,2 bilhões, refletindo a diminuição do preço do grão no mercado externo. A queda nas cotações dos grãos se deu em virtude da ampliação da oferta global e da elevação dos juros nas principais economias mundiais entre 2022 e 2023, que contribui para baixa nos mercados futuros de importantes commodities agrícolas. Em junho de 2023, os preços domésticos de milho e soja ficaram, respectivamente, 35% e 30% abaixo de junho de 2022. Para as lavouras de cana-de-açúcar, laranja e fumo, a MacroSector estima um desempenho favorável. Em 2022, a receita agrícola foi de R$ 838,7 bilhões, alta de 3% ante 2021, de R$ 814,3 bilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.