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05/Jul/2023

Amazônia: junho com mais queimadas em 16 anos

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram ao menos quatro focos de incêndio por hora na floresta no mês passado. Os 30 dias de junho tiveram o maior número de queimadas registradas para o mês, na Amazônia e no Cerrado, nos últimos 16 anos. Foram 3.075 focos de incêndio na Floresta Amazônica, número que só é menor do que os 3.519 contabilizados no mesmo mês de 2007. Em 2022, haviam sido 2.562 (avanço de 20%). O primeiro semestre também apresentou aumento em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 8.344 registros, ante 7.533, um crescimento de 10% no bioma. Os dados do Programa Queimadas, do Inpe, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já haviam mostrado que o primeiro semestre de 2022 teve um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Desta vez, apesar do novo crescimento, há uma desaceleração da escalada dos focos de incêndio. O Cerrado brasileiro também apresentou aumento em junho, mas menor do que o crescimento na Amazônia. Em 2022, haviam sido 4.239 focos de incêndio no segundo maior bioma do Brasil e savana mais biodiversa do mundo. No mesmo mês deste ano foram 4.472 ocorrências, um crescimento de 5%. Os dados para o mês só não são maiores do que os registrados em 2007, quando 7.051 focos de incêndio foram contabilizados no bioma pelo Inpe. Os resultados deste ano também são preocupantes porque o auge do período de estiagem na Região Norte do País ainda não chegou.

Além disso, a previsão de especialistas é que o número de incêndios florestais cresça ainda mais com a atuação do El Niño. No início deste mês, a Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA) lançou um alerta anunciando a formação do fenômeno. Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo, segundo o Climate Prediction Center. Maio deste ano pode ter sido uma antecipação. O mês foi classificado como o terceiro maio mais quente já registrado, de acordo com cientistas dos Centros Nacionais de Informações Ambientais da NOAA. Tanto a América do Norte quanto a América do Sul tiveram o maio mais quente já registrado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.