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04/Jul/2023

Dólar sobe com provável menor diferencial de juros

Após os recuos mais recentes, o dólar fechou esta segunda-feira (03/07) em alta ante o Real, com parte dos investidores sustentando posições compradas em meio à perspectiva de que o diferencial de juros do Brasil diminua, já que o Banco Central caminha para iniciar seu processo de cortes da Selic, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tende a elevar o custo dos empréstimos. O dólar fechou a R$ 4,80, com alta de 0,37%. A moeda norte-americana chegou a sustentar perdas pela manhã, após o relatório Focus do Banco Central mostrar que a inflação calculada para 2023 foi de 5,06% para 4,98%. Para 2024, passou de 3,98% para 3,92% e, para 2025, de 3,80% para 3,60%.

No caso de 2026, a inflação projetada foi de 3,72% para 3,50%. Os dados elevaram as apostas de que, em sua reunião de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dará a largada no processo de redução da taxa básica Selic com um corte de 0,50%. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Em um primeiro momento, a leitura foi de que, apesar de a queda da Selic reduzir o diferencial de juros para o Brasil, o País continuará atrativo ao capital externo no médio e no longo prazo, favorecendo o Real. O UBS ajustou suas projeções para o dólar no encerramento dos próximos trimestres, de R$ 4,85 para R$ 4,60 no terceiro trimestre de 2023 e de R$ 5,00 para R$ 4,80 no quatro trimestre de 2023.

Para o primeiro trimestre de 2024, a projeção para o dólar foi mantida em R$ 5,00 e, para o segundo trimestre de 2024, passou de R$ 5,25 para R$ 5,00. Na cotação mínima da sessão, registrada às 9h26, o dólar atingiu R$ 4,75 (-0,62%). O fato de a moeda norte-americana ter passado recentemente por ajustes firmes de baixa, no entanto, fez as cotações voltarem a ganhar força. Entre uma parcela do mercado repercutiu a leitura de que, com uma Selic mais baixa no Brasil e juros mais elevados nos Estados Unidos nos próximos meses, como vêm sinalizando o Federal Reserve, há pouco espaço para quedas mais consistentes para o dólar. Para a Valor Investimentos, a situação do dólar vai ficar mais difícil para o dólar daqui para frente, com o diferencial de juros caindo.

Para o Real se valorizar mais, será preciso ter algum nível de melhora estrutural, como por meio da aprovação de reformas. A maior cautela com posições no Real nesta segunda-feira (03/07) fez o dólar registrar a máxima de R$ 4,80 (+0,38%) às 16h18, sendo que no exterior o movimento da moeda norte-americana era misto ante outras divisas. Em função do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos nesta terça-feira (04/07), a expectativa é de menos negócios com moedas no Brasil na próxima sessão. O Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de agosto. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.