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04/Jul/2023

Grãos: safra recorde contribui com balança comercial

Segundo o Rabobank, os bons resultados da safra recorde de grãos nos primeiros meses do ano seguem contribuindo positivamente para a balança comercial brasileira. Sem dúvida ainda há resquícios das safras de soja e milho, o que contribuiu para que a queda na média diária das exportações em relação a 2022 não fosse tão forte assim em junho. Nesta leitura, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 10,592 bilhões, ante US$ saldo positivo de US$ 8,889 bilhões em junho de 2022. Na comparação interanual, houve queda de 8,1% na média diária das exportações e recuo de 18,2% na média diária das importações. Essa queda nos valores importados pode ser explicada por dois fatores: os sinais de desaceleração da economia doméstica e as quedas nos preços de adubos e fertilizantes. Em junho de 2022, o conflito na Ucrânia havia recém começado, o que fez subir os valores desses itens e aumentar nossas importações.

Mas, ao mesmo tempo, o câmbio está mais comportado hoje do que em junho de 2022, o que ajuda na importação de outros itens. O prospecto é que, ao longo do segundo semestre, a balança comercial siga registrando saldos positivos significativos, mas com menor nível quando comparado com os números do primeiro semestre. A projeção é de um saldo de US$ 67,0 bilhões, que, se confirmado, vai ser ainda maior que o do ano passado, que já foi o maior superávit da série histórica. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) destacou o papel da exportação da soja nos dados da balança comercial do mês de junho, em especial no volume vendido pelo agronegócio, que cresceu 30,4% ante o mesmo mês de 2022. Só com a soja, houve um aumento de 38,9% das vendas, em volume.

No preço do grão, acompanhando a média geral, houve uma redução de 20,7%. Em valor total, o patamar subiu 10,1%, com US$ 6,945 bilhões exportados no mês passado. Outro crescimento expressivo em volume nas exportações ficou por conta de produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço, com variação de 37,4%. O preço desses itens caiu 28,5% em relação a junho de 2022. Nas importações, houve queda de preço no segmento de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (redução de 40,4%). Em volume, contudo, as importações desses produtos registraram crescimento de 31,5% em junho, ante o mesmo mês de 2022. Para adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos), o preço e o volume caíram, em 55,2% e 24,3%, respectivamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.