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03/Jul/2023

Desemprego registra recuo no trimestre até maio

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,3%% no trimestre encerrado em maio. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego estava em 9,8%. No trimestre encerrado em abril de 2023, a taxa de desocupação estava em 8,5%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.901,00 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 280,9 bilhões no trimestre até maio, alta de 7,9% ante igual período do ano anterior. No trimestre terminado em maio, faltou trabalho para 20,697 milhões de pessoas no País.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 18,8% no trimestre até fevereiro de 2023 para 18,2% no trimestre até maio. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até maio de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 21,8%. A população subutilizada caiu 4,2% ante o trimestre até fevereiro, 903 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até maio de 2022, houve um recuo de 18,5%, menos 4,704 milhões de pessoas. O Brasil registrou 3,726 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em maio.

O resultado significa 244 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um recuo de 6,2%. Em um ano, 621 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 14,3%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,2% no trimestre até maio de 2022, ante também à marca de 5,2% no trimestre até fevereiro.

Em todo o Brasil, há 5,072 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até fevereiro para o trimestre até maio, houve um aumento de 10 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 1,551 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. A taxa de desocupação caiu de 8,6% no trimestre terminado em fevereiro para 8,3% no trimestre encerrado em maio. No trimestre terminado em maio de 2022, a taxa estava em 9,8%. O País registrou uma geração de 278 mil vagas no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um aumento de 0,3% na ocupação.

A população ocupada somou 98,400 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio. Em um ano, mais 884 mil pessoas encontraram uma ocupação. A população desocupada recuou em 279 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,945 milhões de desempregados no trimestre até maio. Em um ano, 1,686 milhão de pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 67,136 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, 382 mil a mais que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,345 milhões de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) ficou em 56,4% no trimestre até maio, mesmo resultado do trimestre até fevereiro. No trimestre terminado em maio de 2022, o nível da ocupação também era de 56,4%.

O País registrou uma taxa de informalidade de 38,9% no mercado de trabalho no trimestre até maio de 2023. Havia 38,320 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais 108 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no mercado de trabalho como um todo no período totalizou 278 mil. Em um trimestre, na informalidade, houve redução de 27 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 14 mil de pessoas no trabalho familiar auxiliar e de 52 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada. Por outro lado, houve elevação de 196 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ e de 4 mil empregadores sem CNPJ. A população ocupada atuando na informalidade cresceu 0,3% em um trimestre.

Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais recuou em 809 mil pessoas, queda de 2,1%. O trimestre encerrado em maio de 2023 mostrou uma geração de 14 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,250 milhão de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 36,826 milhões no trimestre até maio, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram 12,933 milhões, 27 mil a menos que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até maio de 2022, foram criadas 128 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou 22 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,219 milhões.

O resultado significa 437 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes. O número de empregadores cresceu em 4 mil em um trimestre. Em relação a maio de 2022, o total de empregadores é menor em 108 mil pessoas. O País teve um recuo de 47 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,731 milhões de pessoas. Esse contingente é 57 mil pessoas menor que no ano anterior. O setor público teve 327 mil ocupados a mais no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o trimestre até maio de 2022, foram abertas 448 mil vagas. Quatro das dez atividades econômicas registraram contratações no trimestre encerrado em maio.

Na passagem do trimestre terminado em fevereiro para o trimestre encerrado em maio, houve geração de vagas na indústria (182 mil), alojamento e alimentação (76 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (164 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (429 mil). As demissões ocorreram em transporte e armazenagem (-69 mil), construção (-59 mil), outros serviços (-39 mil), comércio (-192 mil), serviços domésticos (-63 mil) e agricultura (-158 mil). Em relação ao patamar de um ano antes, as únicas atividades com perdas foram a agricultura, que demitiu 542 mil trabalhadores, a construção, que dispensou 274 mil pessoas, e os serviços domésticos, menos 73 mil trabalhadores.

Os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (764 mil trabalhadores a mais), comércio (131 mil), alojamento e alimentação (65 mil), indústria (81 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (440 mil), transporte (216 mil) e outros serviços (92 mil). A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 20,600 bilhões no período de um ano, para R$ 280,914 bilhões, uma alta de 7,9% no trimestre encerrado em maio de 2023 ante o trimestre terminado em maio de 2022. Na comparação com o trimestre terminado em fevereiro, a massa de renda real ficou estável (0,0%) no trimestre terminado em maio, com apenas R$ 122 milhões a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma redução real de 0,2% na comparação com o trimestre até fevereiro, R$ 7,00 a menos, para R$ 2.901,00.

Em relação ao trimestre encerrado em maio de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 6,6%, R$ 179 a mais. A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,7% no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o trimestre terminado em maio de 2022, houve elevação de 11,0% na renda média nominal. A inflação ainda impacta a renda do trabalho, mas corrói bem menos o poder de compra do salário hoje do que corroía em 2021 e 2022. O cenário de inflação hoje é bem diferente do que era há um ano. O patamar da inflação, o quanto ela corroía do rendimento nominal, hoje é bem menos do que corroía em 2021 e 2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.