29/Jun/2023

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou, em referência ao Plano Safra da Agricultura Familiar, lançado nesta quarta-feira (28/06), que ainda haverá dificuldades em relação às taxas de juros e o montante de recursos anunciado. Com certeza não é tudo que o setor precisa, mas nas condições que foram colocadas a FPA está satisfeita. Ressalta-se que os recursos da assistência técnica e extensão rural são insuficientes e, por isso, os ruralistas trabalharão por mais recursos que garantam que o crédito seja melhor aplicado e o produtor tenha mais renda e valor no campo. Para assistência técnica e extensão rural, o montante anunciado é de R$ 200 milhões.

Persiste o cuidado com relação às medidas burocráticas, de enquadramento para que esse dinheiro realmente chegue até o produtor. O governo anunciou que oferecerá R$ 71,6 bilhões em crédito para a agricultura familiar na safra 2023/2024, que começará em 1º de julho e vai até o fim de junho de 2024. O volume é 34% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica. Somadas outras políticas de apoio, como Proagro, o total a ser ofertado sobe para R$ 77,7 bilhões.

A FPA reforçou que, com a confirmação de R$ 8,5 bilhões para equalização de taxas de juros de linhas voltadas a agricultores familiares, mais os R$ 5,1 bilhões informados na terça-feira (27/06) pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para a equalização dos juros para o setor empresarial, o total previsto para equalização de taxas na safra 2023/2024 será de R$ 13,6 bilhões. A FPA apresentou proposta de R$ 25 bilhões para a equalização, R$ 11,4 bilhões a mais do que será realmente oferecido pelo governo, que já manifestou a necessidade de suplementação de R$ 1,5 bilhão para garantir o recurso já anunciado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.