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29/Jun/2023

Plano Safra Agricultura Familiar agrada cooperativas

A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) avalia que o montante de R$ 71,64 bilhões ofertados no Plano Safra 2023/2024 para financiamento da agricultura familiar atende às expectativas do setor, mas pondera que o volume de recursos para equalização, de R$ 8,5 bilhões, ficou aquém do necessário. Os recursos disponibilizados foram 34% maiores, mas a expectativa era de um volume um pouco maior de equalização também. O ideal seria mais de dois dígitos de subvenção para a agricultura familiar, no mínimo de R$ 10 bilhões. Entretanto, existem muitas linhas criadas e reativadas pelo governo que vão atender os produtores, chegando a taxas bem acessíveis, que tende a compensar o não aumento da equalização no momento.

No ciclo passado, o governo direcionou R$ 8 bilhões para a equalização de linhas da agricultura familiar. As cooperativas brasileiras, por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), haviam pedido R$ 25 bilhões para equalização total do Plano Safra, incluindo agricultura familiar. De acordo com as informações divulgadas pelo governo, o montante ficou em R$ 13,6 bilhões, sendo R$ 5,1 bilhões voltados à agricultura empresarial. O incremento de 34% no montante geral da política de crédito para agricultura familiar atende também às cooperativas. O valor anunciado vem ao encontro da expectativa dos produtores.

Tratando-se do Paraná, automaticamente atendendo aos produtores, está atendendo também as cooperativas, porque o produtor tendo recurso para investir em tecnologia e modernizar a frota vai trazer mais eficiência para ele e para a cooperativa. Mais de 60% dos produtores rurais associados às cooperativas do Paraná são familiares e, portanto, enquadram-se nessas linhas e 75% possuem até 50 hectares. Quanto aos juros, reduzidos em algumas linhas de 5% para 4%, o patamar superou o pleito da OCB, de pelo menos manutenção das taxas. A redução dos juros em algumas linhas traz aptidão para o produtor acessar mais linhas de crédito, fazer investimento em máquinas e investir em tecnologia.

É positivo o corte de juros para produção de alimentos, como arroz, trigo, mandioca e feijão. Isso pode estimular a intenção de plantio dos agricultores nestes cultivos. É uma forma de incentivar a produção de alimentos básicos que tem por objetivo atender a demanda interna e, quando necessário, a demanda interestadual e internacional. Políticas públicas para apoio à produção estimulam também a rotação de culturas, a diversificação de renda pelos produtores e, consequentemente, atende o objetivo final de ofertar mais produtos para o mercado e reduzir o custo dos alimentos para o consumidor final. O Paraná é o maior produtor de feijão do País.

As cooperativas veem com bons olhos a retomada do programa Mais Alimentos, destinado à venda de máquinas agrícolas de baixa potência para a agricultura familiar. Há necessidade de fomento ao acesso dos pequenos produtores à renovação de frota, porque houve aumento expressivo dos preços dos maquinários. A expectativa é de que o programa tenha bons recursos, porque é uma oportunidade de os produtores e cooperados atualizarem o maquinário. As condições do programa incluem um prazo ideal e uma taxa convidativa, comparada à taxa Selic atual. O governo anunciou a reedição do Programa Mais Alimentos dentro do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 5% ao ano, mas ainda não detalhou quanto destinará à linha. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.