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29/Jun/2023

IBGE divulga resultado do Censo Demográfico 2022

Segundo os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira (28/06), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira totalizava 203.062.512 pessoas em 31 de julho do ano passado. Apesar de uma forte perda de fôlego no ritmo de crescimento populacional, o resultado significa um aumento de 6,5% em relação aos 190,8 milhões de habitantes contados no Censo anterior, realizado em 2010, o equivalente a 12,307 milhões de pessoas a mais em pouco mais de uma década. O montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entregues pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU), em 28 de dezembro do ano passado, quando o IBGE informou a existência de 207.750.291 pessoas no Brasil, população calculada já com base em dados preliminares coletados pelo Censo 2022. O número de habitantes do País é usado no cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Municípios, além de determinar o tamanho das representações políticas, como a quantidade de vereadores e de deputados federais e estaduais, entre outras finalidades.

Ainda não foi possível mensurar se a perda de vidas para a Covid-19, que superou 700 mil mortes confirmadas pela doença no Brasil, afetou significativamente o crescimento populacional no País. Os dados ainda estão sendo analisados por técnicos do IBGE. A queda na taxa de fecundidade, que mede o número de filhos nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva, já vinha desacelerando o aumento da população brasileira. De 2010 a 2022, a taxa média de crescimento anual da população do País foi de 0,52%, a mais baixa já vista desde que o primeiro Censo foi conduzido no Brasil, em 1872. Entre 2000 e 2010, a taxa média de crescimento populacional anual era de 1,17%, mais que o dobro da atual. A população brasileira apresentou, até a década de 1940, altos níveis de fecundidade e mortalidade. Com o início do processo de redução dos níveis da mortalidade, a partir de meados dos anos 1940, e a manutenção dos altos níveis de fecundidade vigentes à época, o ritmo do crescimento populacional aumentou e apresentou seu maior pico na década de 1950, com uma taxa média de crescimento anual de 2,99%.

No começo dos anos 1960, inicia-se lentamente o declínio dos níveis de fecundidade, e, a partir de 1970, já é possível verificar, por meio dos dados dos Censos Demográficos, a redução do crescimento populacional. Atualmente, a população cresce a uma velocidade maior na Região Centro-Oeste, com taxa anual de incremento populacional de 1,23%, ultrapassando assim a Região Norte, que liderava o crescimento da população até o Censo anterior, mas teve essa velocidade de reduzida a 0,75%. Na Região Sul, a taxa de crescimento populacional anual foi de 0,74%; na Região Sudeste, de 0,45%; e na Região Nordeste, de 0,24%. Em todas as grandes regiões do País houve redução no ritmo anual de incremento da população em relação ao Censo anterior, de 2010. É uma tendência, se essa tendência se acelerou será possível entender isso, em breve, com as análises que serão feitas. A coleta do Censo terminou em campo terminou no dia 28 de maio, e os demógrafos do IBGE já estão debruçados sobre as informações obtidas, mas precisam de mais tempo para fazer as análises necessárias.

Esse é o resultado da população definitiva do Censo. É preciso tomar cuidado com relação a conjecturar e esperar o trabalho que os demógrafos estão fazendo. A Região Sudeste detinha 84,8 milhões de moradores, 41,8% da população do País. A Região Centro-Oeste é a menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, 8,0% da população brasileira. A Região Norte concentrava 8,5% dos brasileiros, 17,3 milhões; a Região Sul, 14,7%, com 29,9 milhões; e a Região Nordeste, 26,9%, com 54,6 milhões de habitantes. A distribuição da população por região geográfica praticamente se mantém estável em relação ao Censo 2010. Só o estado de São Paulo representa um quinto da população do País. Os três Estados mais populosos somavam juntos quase 40% dos brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. São Paulo tinha 44,420 milhões de habitantes, 21,88% de toda a população do Brasil; Minas Gerais detinha 20,539 milhões de pessoas, 10,11% da população; e Rio de Janeiro, 16,055 milhões, 7,91% da população. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.