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28/Jun/2023

Dólar sobe com sinalização do BC de corte na Selic

Em um dia marcado pela última ata do Copom, o dólar fechou a terça-feira em alta ante o Real, após sinalizações de que o Banco Central poderá começar a cortar juros no Brasil já em agosto, enquanto no exterior o viés predominante para a divisa norte-americana era negativo. O dólar fechou a R$ 4,79, com alta de 0,68%. No início da sessão, o dólar chegou a recuar, marcando a cotação mínima de R$ 4,75 (-0,32%), seguindo a tendência mais recente de baixa ante a moeda brasileira e em sintonia com o exterior, onde a divisa norte-americana também cedia. Mas, em seguida, o dólar migrou para o positivo.

Por trás do movimento estiveram a divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC e o resultado do IPCA-15 de junho, ambos com indicações de que o início do ciclo de cortes da taxa básica Selic poderá começar em agosto. Após ter mantido a taxa básica Selic em 13,75% ao ano na semana passada, o Copom adotou um tom considerado mais ameno ou dovish, na ata. Em um dos trechos mais significativos, o colegiado registrou que “a avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”. No mercado, a avaliação foi de que o Banco Central abriu a porta para o início do processo de cortes da Selic. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de junho subiu 0,04%, taxa mais baixa em nove meses, contra alta de 0,51% em maio.

Em 12 meses até junho, o avanço acumulado é de 3,40%, resultado mais baixo desde setembro de 2020 (2,65%). A expectativa de uma Selic mais baixa, para o mercado de câmbio, se traduz em um diferencial de juros menor para o Brasil, o que em tese tende a reduzir o fluxo de moeda norte-americana para o País. Com isso, as cotações do dólar tendem a se ajustar em alta, com investidores recompondo parte das posições compradas na moeda norte-americana. Ainda assim, o avanço foi incapaz de fazer a divisa superar os R$ 4,80, em um sinal de que a visão mais geral sobre o Brasil ainda é positiva. No exterior, o dólar mantinha-se em baixa ante uma cesta de divisas fortes. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.