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28/Jun/2023

Inflação: arrefecimento tem continuidade em junho

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,04% em junho, após ter avançado 0,51% em maio. Com esse resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,16% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 3,40%. A alta de 0,04% registrada em junho foi a mais branda desde setembro de 2022, quando houve queda de 0,37%. Considerando apenas meses de junho, o resultado mensal foi o mais baixo desde 2020, quando houve elevação de 0,02%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses descer ao menor patamar desde setembro de 2020, quando era de 2,65%. A taxa em 12 meses do IPCA-15 completou 13 meses seguidos de redução. No mês de junho de 2022, o IPCA-15 tinha subido 0,69%. Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,51% em junho, após alta de 0,94% em maio. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,11% para o IPCA-15, que subiu 0,04% no mês.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,81% em junho, após ter avançado 1,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,29%, ante alta de 0,73% em maio. Um novo recuo no preço das carnes ajudou a baratear a despesa das famílias com alimentação em junho. O grupo Alimentação e bebidas passou de uma alta de 0,94% em maio para uma redução de 0,51% em junho. A alimentação no domicílio recuou 0,81% em junho, após ter ficado 1,02% mais cara em maio. Neste mês, as famílias pagaram menos pelo óleo de soja (-8,95%), frutas (-4,39%), leite longa vida (-1,44%) e carnes (-1,13%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 4,56% no ano. Por outro lado, houve altas no ovo de galinha (2,04%) e no pão francês (0,72%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,29% em junho. O lanche aumentou 0,34%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,28%. Os preços de Transportes caíram 0,55% em junho, após queda de 0,04% em maio.

O grupo deu uma contribuição negativa de 0,11% para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram queda de 3,75% em junho, após avanço de 0,12% no mês anterior. A gasolina caiu 3,40%, após ter registrado queda de 0,21% em maio, enquanto o etanol recuou 4,89% nesta leitura, após alta de 3,62% na última. A alta de 10,70% nos preços das passagens aéreas impediu uma redução mais acentuada nos gastos das famílias com transportes em junho. O grupo Transportes passou de uma redução de 0,04% em maio para um recuo de 0,55% em junho. No entanto, as passagens aéreas foram o item de maior impacto positivo, 0,06% de contribuição para a inflação de junho, ao lado da taxa de água e esgoto (alta de 3,64% e impacto também de 0,06%) e da energia elétrica residencial (aumento de 1,45% e contribuição de 0,06%). Os ônibus urbanos também ficaram mais caros em junho, alta de 0,99%. Por outro lado, os preços dos combustíveis caíram 3,75%.

A gasolina recuou 3,40%, subitem com o maior impacto individual negativo, -0,17% no IPCA-15 de junho. Os demais combustíveis também registraram recuos: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Os preços do automóvel novo caíram 0,84% em junho, contribuindo com -0,03% no mês. Três dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços em junho. Os recuos ocorreram em Transportes (-0,55%, impacto de -0,11%), Alimentação e bebidas (-0,51%, impacto de -0,11%) e Artigos de residência (-0,01%, impacto de 0,00%). Os grupos com aumentos foram Vestuário (0,79%, impacto de 0,04%), Habitação (0,96%, impacto de 0,14%), Educação (0,04%, impacto de 0,00%), Despesas pessoais (0,52%, impacto de 0,05%), Saúde e cuidados pessoais (0,19%, impacto de 0,02%) e Comunicação (0,11%, impacto de 0,01%). O resultado geral do IPCA-15 em junho foi decorrente de altas de preços em apenas quatro das onze regiões pesquisadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.