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28/Jun/2023

Juros: mercado aposta em corte a partir de agosto

Para o Goldman Sachs, o Comitê de Política Monetária (Copom) não sinalizou, explicitamente ou implicitamente, que fará cortes na taxa Selic em agosto na ata divulgada nesta terça-feira (27/06). No entanto, o colegiado indicou que, se o ambiente de inflação e o equilíbrio de riscos continuar melhorando, os cortes deverão se materializar na próxima reunião. Ao adotar um viés dependente de dados mais neutro, o Copom sinalizou indiretamente que, se o ambiente de inflação atual e prospectivo e o equilíbrio de riscos continuarem a melhorar, e a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de 29 de junho sobre as metas de inflação não abalar o mercado, irá tomar providências de cortes na Selic em agosto.

O banco espera redução de 0,25% na Selic na próxima reunião do colegiado. A ata apresentou um tom mais dovish do que o comunicado da última semana. Entre os pontos hawkish, porém, é destaque a elevação da taxa real de juro neutro do Banco Central, que passou de 4,0% para 4,5%. A elevação do juro neutro indica que a atual postura monetária é menos restritiva do que se supunha anteriormente. Para o Copom, diferentes fatores justificam esse aumento, incluindo o provável aumento das taxas de juros neutras nas principais economias, a resiliência da atividade econômica doméstica e o lento processo desinflacionário, bem como análises baseadas em modelos econométricos.

O Copom também reiterou que decisões que induzem ao reposicionamento de expectativas e que elevam confiança nas metas de inflação contribuiriam para um processo mais rápido e menos custoso de desinflação. E adicionou uma observação dovish nesse trecho, de que isso 'permitiria flexibilização monetária'. Após a ata da reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom), o Bradesco prevê agora cortes na taxa Selic iniciando a partir de agosto, com uma redução inicial de 0,25%. Antes, o prospecto era de começo do ciclo de cortes em setembro. Uma novidade importante da ata foi que, na avaliação predominante do grupo, havendo continuidade de melhora da inflação e das expectativas, é provável que se ganhe confiança para uma flexibilização 'parcimoniosa' dos juros já na próxima reunião.

Uma parte minoritária do Copom ainda prefere aguardar mais tempo e enxergar desinflação mais consistente nos itens mais sensíveis aos juros. Apesar de ter sinalizado a flexibilização, o Copom concordou, unanimemente, que uma flexibilização prematura, enquanto não houver confiança no processo de desinflação, é indesejável. Dessa forma, o ciclo de corte deve ser gradual. Na ata, o colegiado reconheceu melhora dos preços externos, do quadro da inflação doméstica, do fiscal e previu alguma desaceleração na economia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.