27/Jun/2023

O Ministério da Agricultura está pleiteando alguns ajustes em linhas de crédito rural operacionalizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já para o Plano Safra 2023/2024, que começa oficialmente no mês que vem. Entre os pedidos, estão a inclusão de financiamento de máquinas importadas na linha dolarizada do banco e o uso do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) para operações de Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE). São algumas melhorias. Essas flexibilizações pelo BNDES, se saírem, serão muito bem-vindas porque significam mais recursos disponíveis.

Uma das mudanças solicitadas pelo Ministério da Agricultura é a possibilidade de máquinas importadas, quando não há produto similar no País, sejam passíveis de serem financiadas pelas linhas dolarizadas do banco. O Moderfrota já permite financiamento quando não há similar no Brasil, mas o BNDES não aceita para as linhas que repassa em dólar. O pedido partiu da cadeia do algodão, já que algumas colhedoras da cultura não são produzidas nacionalmente e o produtor não pode recorrer ao crédito do BNDES para o financiamento em virtude das regras atuais.

Outra demanda é a adoção de taxa variável também para as linhas em dólar para financiamento de armazéns, fixa em 5%. Outro pedido é a ampliação para incluir as cooperativas nas linhas em dólar. Os temas ainda estão em tratativas entre o BNDES e o Ministério da Agricultura. Mas, a expectativa é que nesta terça-feira (27/06), no anúncio do Plano Safra 2023/2024 para agricultura empresarial, possa haver sinalizações pelo BNDES. Ainda faltam alguns ajustes. A estratégia visa a reduzir a dependência de recursos do Tesouro, em meio às atuais dificuldades orçamentárias, e ampliar as opções de financiamento para a agropecuária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.